terça-feira, 12 de agosto de 2014

O Poder das Cartas no Cuidado Pastoral


(Por Ivanildo Gomes) – O mundo tecnológico moderno tem vantagens e desvantagens. A velocidade como as pessoas se comunicam hoje é impressionante. Os e-mails já são coisas quase que ultrapassadas. Há outras ferramentas como msnSkypeOrkutSonicoTwitter,Facebook, e logo surgirão outras ferramentas ainda mais atualizadas e mais aproximativas.

Por outro lado, nenhuma dessas coisas substitui aquele prazer, aquele encanto de receber cartas impressas, envelopadas, seladas, escritas a mão. Quando chega um envelope desses você sabe que a pessoa sentou-se à mesa, pensou verdadeiramente em você, deu-se ao trabalho de mandar-lhe uma correspondência do próprio punho. É muito mais pessoal. Você tem a certeza que a pessoa não somente encaminhou algo bonito recebido de terceiros. Mesmo quando a pessoa escreve um e-mail bem pessoal, não é a caligrafia dela, não são seus traços pessoais que estão lá.
Para muita gente, as cartas dão um caráter especial à evangelização, ao discipulado e ao pastoreio. Nos momentos de alegria, como um aniversário, a carta fará com que a pessoa se sinta valorizada por ter sido lembrada. Também nos momentos de tristeza, poderá levar consolo e esperança.
Um cartão bonito, colorido, com uma mensagem pertinente fala mais alto do que cem mensagens prontas de e-mail, dessas que a gente recebe em PowerPoints bem elaborados, e só encaminha para alguém. Muitas vezes nem apresentamos, falamos ou escrevemos alguma coisa de introdução, só mandamos assim: Fw:mensagem para o seu coração.ppt. Em seguida aparecem dezenas de nomes de pessoas e endereços de e-mails em cor azul, junto com as letrinhas: Co ou Recebido de: Isso não é uma carta pessoal.
Quem nunca recebeu um e-mail assim: “Criança Desaparecida! Você tem filhos? Se os tem, vai compreender o drama de uma mãe e de um pai. Se você tem coração, por favor, ajude. Esta criança é filha de amigos, e desapareceu há dois meses. Você pode ajudar enviando este e-mail para todos os seus contatos, para o maior número possível de pessoas”.
O que ocorre, muitas vezes, é que o bendito e-mail já circula pela internet há dois ou três anos. São estratégias de pessoas e empresas que querem coletar o maior número possível de endereços para aumentar seu banco de dados, ou, quando pior, hackers que querem endereços de mais e mais pessoas para futuros sei lá o quê!
Não é errado mandar lindas mensagens em PowerPoint, mas é importante que pelo menos assinemos, escrevamos algo de pessoal. A pessoa deve saber que pensamos nela, e não que ela é apenas mais um na nossa mala direta, figurando nos intermináveis “rabos de mensagem”. Outra coisa: ao encaminhar uma mensagem, corte os “rabos”, aquelas listas enormes de endereços e troca de mensagens que vem junto. 
Devemos resgatar o valor de escrever cartas, cartões, dirigir-nos às pessoas com coisas vindas do nosso próprio punho.
A carta é também uma poderosa ferramenta de comunicação entre os membros da Igreja e das células (entre o pastor e seus co-pastores, entre o líder da célula e seus auxiliares e membros). Através das cartas poderemos estabelecer as diretrizes dos nossos serviços frente aos nossos ministérios, divulgar os nossos encontros, contar as novidades, passar a visão, motivar, treinar.
Podem ser cartas circulares, e-mails; não têm que ser necessariamente escritas à mão. O importante é que tenha um toque de pessoalidade, que todos saibam que é algo vindo de você, de alguém que ama e se importa.

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