quinta-feira, 28 de março de 2013

A embriaguez Que Cega o Discípulo

A embriaguez Que Cega o Discípulo
“Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte; andam errados na visão e tropeçam no juízo”, (Isaías 28:7).
Existem coisas que podem nos tirar dos ministérios estabelecidos por Deus para cada um de nós, e a capacidade de ver de forma clara e distinta qual a vontade de Deus para nossa vida. Por muitas vezes, deveríamos fornecer direção ao povo, e acabamos errando, porque alguma coisa nos turva a mente.
São diversos os tipos de embriaguez que podem produzir tal efeito sobre os ministérios. Vamos conhecer alguns, a fim de pedirmos ao Senhor que, mediante o encher constante do Espírito Santo, nos livre deles. “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”, (Efésios 5:18).
1 – A embriaguez provocada pelo ORGULHO.
Nos leva a pensar de nós mesmos além do que convém, e, com isso, a dirigir mal o povo. “Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um”,(Romanos 12:3).
2 – A embriaguez provocada pela SOBERBA.
Leva a uma exaltação que acontece como reação de nossa natureza humana aquilo que nos é revelado, e que faz com que nos comportemos como os porta-vozes de Deus para a geração presente. “E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar”
3 – A embriaguez provocada pelo TRADICIONALISMO.
O tradicionalismo é uma doença que ataca todos os segmentos da Igreja: há um tradicionalismo tradicional, um tradicionalismo pentecostal, um tradicionalismo renovado, um tradicionalismo restaurado, etc.
“E ninguém tendo bebido o velho quer logo o novo, porque diz: Melhor é o velho”, (Lucas 5:39), que nos impede de enxergar os propósitos de Deus em criar algo novo, “Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo”. (Isaías 43:19).
4 – A embriaguez provocada pela IGNORÂNCIA.
Que nos priva de uma revelação. O grande problema relacionado com a ignorância não está na ignorância em si mesma, mas antes em ignorarmos a ignorância. Quando sabemos que não sabemos, então há esperança. Mas quando, em nossa ignorância, nos consideramos possuidores de todo o conhecimento, então podemos ter a desagradável surpresa de nos imaginarmos ricos e abastados, quando o Senhor nos conhece como miseráveis, pobres, cegos e nus. “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas”, (Apocalipse 3:17-18).
5 – A embriaguez provocada pelo PRESENTE SÉCULO.
Ofusca nossos olhos e nos impede de ver o caminho que o Espírito Santo está apontando à igreja. “Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias”, (Apocalipse 18:3); numa referência à Babilônia, que aqui representa profeticamente o sistema que domina o “presente século”.
Quando a igreja, que absolutamente não deve viver como todas as nações, “E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações”, (1º Samuel 8:5), começa a conviver com o mundo e a imitar seus padrões e sua maneira de ser, então se produz essa embriaguez terrível que, em última análise, rouba do povo de Deus sua própria razão de existir sobre a terra.
Existem ainda outros tipos de embriaguez, vamos ficar com estes cinco, e atentar para nossas vidas, se não estamos praticando nenhum deles, a orientação é para tomarmos cuidado com os tipos de embriaguez que tem assolado a igreja de Cristo.
Que Deus nos abençoe!
Amém.
Pastor Wanderley
Ministério Celular Famílias com Cristo
Acesse: http://familiascomcristo.blogspot.com

quarta-feira, 27 de março de 2013

"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará." Salmos 1:1-3

terça-feira, 26 de março de 2013

Se um homossexual me insulta como cristão, o que fazer?

Se um homossexual me insulta como cristão, o que fazer?
Não retribuam mal com mal nem insulto com insulto; pelo contrário, bendigam; pois para isso vocês foram chamados, para receberem bênção por herança. I Pe 3.9
Quando Pedro escreve estes versículos, muito provavelmente se lembrava do Sermão do Monte onde Jesus dizia para que amassem seus inimigos e orassem pelos que os perseguissem. Isto Jesus estava dizendo a 2 mil anos atrás, em um contexto onde os seus apóstolos seriam perseguidos e proibidos de expor aquilo que criam, antes seriam torturados e mortos por isto.
A palavra bendigam vem da palavra grega ευλογία (eulogia) de onde vem nossa palavra portuguesa para elogio. Mas pode significar também, principalmente no sentido deste texto, de invocar a benção de Deus sobre as pessoas.
Hoje em nosso país vivemos um contexto muito diferente do que Pedro vivia. Hoje temos 42 milhões de “evangélicos” e mais milhares de católicos praticantes e não-praticantes. Ou seja, vivemos em um país cristão por maioria, por valores, por costumes.
Contudo, o fato de ser considerado um país cristão com uma parcela significativa e influente evangélica, isso não significa que seja um país bíblico.
Tanto Jesus no sermão do monte, quanto Pedro em sua primeira carta, estavam falando das características dos verdadeiros cristãos e como deveriam agir quando perseguidos, confrontados, caluniados.
Hoje temos uma luta travada muito grande entre o movimento homossexual e o movimento cristão. Esta luta é uma luta que deve acontecer no campo das ideias, no campo do debate, no campo da democracia. Esta é uma luta digna, pois ambas as partes querem defender seus valores, seus ideais.
Contudo tenho visto uma outra luta sendo travada. Uma luta de radicais religiosos contra radicais militantes do movimento LGBT. Esta luta não tem nada de digna. É uma luta suja, onde há difamação, mentiras, brigas, incitação ao ódio mútuo.
Sinceramente, como cristão, quando vejo alguns militantes do movimento LGBT, tenho raiva. Não gosto do que vejo, e o Daniel, fica irado com isto. Pois acho injusto. Da mesma maneira, quando vejo os religiosos toscos, que manipulam a bíblia e incitam o ódio, também tenho raiva, e me dá vontade de dar uma “surra de bíblia neles” (risos). Mas quando volto a mim, me entristeço.
Ultimamente muitos cristãos estão compartilhando um vídeo de um casal homossexual que abusava de uma criança e o agredia. Ao passo que, do outro lado, os defensores do movimento LGBT atacam os cristãos de forma desrespeitosa, assim como se vêem desrespeitados.
Qual deve ser a atitude dos cristãos em meio a tudo isto? Incitar o ódio? Dizer que vão para o inferno? Apontar o dedo?
Não!! Devemos bendizer. Abençoar. Amar. Respeitar.
Eu discordo completamente da prática homossexual, mas isso não me impede de amar o homossexual. Discordo de sua prática, mas amo-o.
Pense no seguinte ponto: um viciado em crack. Eu discordo completamente daquilo que ele está fazendo com ele mesmo e às vezes até com a sociedade ao seu redor. Mas o que farei com ele? Apontarei o dedo? Condenarei ao inferno de fogo? Ou o amarei, e continuarei amando, mesmo que ele não queira deixar de usar crack? Caso não queira, posso não andar junto dele, mas estarei a disposição caso um dia ele queira sair deste caminho. Quando falamos de movimento, este sim deve ser combatido. Se houver qualquer movimento que busque a legalização da droga, deve ser combatido. Mas o drogado, deve ser amado.
A comparação é em uma área completamente distinta, mas no tema de discordância, é a mesma coisa. Que sua boca seja para abençoar, para amar, e não para incitar ódio, difamação, propagar o mal. Antes, seja um agente de paz. Seja um imitador de Cristo. Viva o cristianismo em sua essência. Que Deus nos ajude.
Avatar de Daniel Simoncelos

Por 

Twitter: @DaniSimoncelos. Economista por profissão, Pregador por vocação, Blogueiro por Diversão. Um pecador que foi salvo pela graça de Deus. Crê que seu chamado é para falar do amor daquele que o salvou para todos aqueles que quiserem ouvir de todas as maneiras que ele puder.

NEM MÉRITO OU HONRA


NEM MÉRITO OU HONRA
O amor de Deus e a salvação nos são dados completamente sem merecimento. Deus não salva ou usa alguém por que merece. Deus não ama quem merece, ou é inteligente, ou tem poder, Deus ama a todos.
“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos (Efésios 2:4-5).
Se Deus escolhesse alguém por causa das suas conquistas, teria escolhido os babilônicos; eles escravizaram os judeus e os mantiveram no exílio por setenta anos.
Caso Deus desse valor a inteligência, teria escolhido os gregos como seu povo. Os gregos são os pais da filosofia; pensadores eméritos, fizeram com que sua língua e princípios filosóficos fossem seguidos por todo o mundo antigo. até mesmo a ética do Novo Testamento foi influenciada e têm, em suas bases, princípios relacionais gregos.
Também não é o poder que Deus procura. Ou a salvação teria vindo dos romanos. O domínio romano se estendeu desde pela Europa, África, e Oriente Médio, de 27 a. C. até .476 d. C. Seus feitos foram notáveis, principalmente pelas construções feitas em Roma, que ainda hoje assombra a humanidade. Como o ápice a queda romana também foi estrondosa.
Deus escolheu os judeus como seu povo. Durante toda a história os judeus têm sido escravizados, marginalizados, perseguidos, discriminados, destruídos, e olhados como a escória do mundo. Viveram sem pátria, sofreram com guerras, o horror do holocausto, serviram como cobaias, vivendo em miséria, e dores atrozes. No entanto, o maior homem da história era judeu. Israel é apenas um ínfimo pedacinho de terra, encravado no meio de ódio; ainda assim, influencia o mundo, divide opiniões, e prospera plantado no caos.
Somente Deus pode escolher o fraco, o que nada é, o menosprezado que carrega vergonha atrelada às suas vestes. Apenas Deus é capaz de amar a todos, escolher o improvável que ninguém dá valor. Tratar o homem não segundo a Sua misericórdia, não de acordo com os seus fracassos.
Um milagre sempre nasce da improbabilidade. De onde ninguém espera vem salvação, da morte nasce vida, da dor brota cura, e do sofrimento flui refrigério. Há em você uma grande dor?
Não existe mais solução viável para o seu problema? Tudo e todos afirmam que não tem jeito. Saiba que você se encontra exatamente no verge de um milagre. Quando tudo diz não, é aí que Deus diz sim.
“Não são chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolhe as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolhe as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; escolhe as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que nada são, para reduzir a nada as que são;” 1 Coríntios 1.26-28.

Você pode ser uma benção na vida do seu pastor!


Obedeçam aos seus líderes e sigam as suas ordens, pois eles cuidam sempre das necessidades espirituais de vocês porque sabem que vão prestar contas disso a Deus. Se vocês obedecerem, eles farão o trabalho com alegria; mas, se vocês não obedecerem, eles trabalharão com tristeza, e isso não ajudará vocês em nada. Hebreus 13.17. NTLH.

Infelizmente existem pessoas dentro da Igreja que fazem com que o ministério pastoral seja exercido não com alegria, mas com tristeza pelo seu pastor. A forma como nos relacionamos com o nosso líder determinará a forma como ele conduzirá o rebanho. Nesse artigo gostaria de compartilhar algumas sugestões que podem fazer com que o ministério do pastor seja exercido com prazer:

1º Seja obediente ao seu pastor.
Creia que a Palavra por ele pregada, é a Palavra de Deus para a sua vida. A partir do momento que o seu ensino como pastor está alicerçado claramente na Bíblia submeta-se a instrução recebida e obedeça. Não existe maior alegria para o pastor do que ver o rebanho obedecendo a Palavra.  Outra sugestão: Compartilhe o que você tem aprendido, fale quantas vezes você foi através da ministração da Palavra encorajado, transformado, comente o sermão com o seu pastor, peça a ele maiores esclarecimento, tire dúvidas, faça sugestões, um líder sábio receberá com amor esse feedback.

2º Compartilhe com o seu pastor as suas lutas e aflições.
O pastor em alguns casos fica sendo o último a saber, não deixe que isso aconteça, chame o seu pastor peça que ele ore por sua vida, compartilhe a sua aflição, não carregue o fardo sozinho, saiba que ele foi chamado por Deus para velar de sua alma (cf. Hebreus 13.7) e prestará contas da sua vida diante do Supremo Pastor que é Jesus Cristo. Reserve um tempo, procure um lugar apropriado, se a Igreja que você é membro tiver um gabinete pastoral, não tenha receio de ir conversar com o seu pastor, algumas pessoas pensam que ir até a Igreja conversar com o pastor pode trazer algum incomodo, afinal ninguém quer atrapalhar o pastor, mas o maior incômodo é o de não compartilhar com o seu líder espiritual a sua luta, como ministro evangelho afirmo aos leitores que uma das afirmações que mais transtorno causa é de se ser chamado de negligente no cuidado com o rebanho. Ressalto ainda, isso acontece em alguns casos quando a ovelha não permite ser pastoreada.

3º Ajude o seu pastor no ministério.
Tome parte do ministério do seu pastor, se por um lado ele tem a responsabilidade de cuidar de sua vida, você tem a responsabilidade de auxiliá-lo no ministério, não permita que o seu pastor faça tudo sozinho na Igreja. Segue algumas sugestões: a) tome parte dos eventos e trabalhos de sua Igreja, não deixe de participar, seu pastor fica sempre satisfeito com a sua presença, ore por ele e com ele, visite os membros de sua Igreja e preste relatório ao seu pastor, compartilhe a necessidade que você encontrou no lar que visitou, se ofereça, não espere ser chamado, convide o seu pastor para visitar os membros da Igreja com você, se envolva de corpo e alma nos ministérios de sua Igreja.

Não se esqueça principalmente que ao fazer tudo isso o faça para a glória de Deus, pois você será uma bênção na vida de seu pastor quando de fato tudo o que fizer venha ser para honrar o nome de Cristo, o Supremo Pastor  da Igreja.



Autor: 


Fonte ► http://www.hospitaldalma.com/2010/08/voce-pode-ser-uma-bencao-na-vida-do-seu.html#ixzz2OhFhcMql
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domingo, 24 de março de 2013

HONRA DA FAMÍLIA




2 Samuel 15 ao 18

Havia um homem por nome de Eduardo. Este era bem sucedido.
Tinha um bom emprego, belas casas, lindas mulheres e vários filhos.
Eduardo era homem de ação assim como vocês.
Gente que decide, gente que negocia, gente que toma decisões, gente que não tem tempo a perder, gente ocupada, que administra muitas coisas a um só tempo.
Eduardo era assim.

Ele tinha coisas para administrar. A vida era ocupadíssima, ele era um homem de ação, de lutas, de decisões, de desafios, de muitas emoções porem de muito estresse.
Seus filhos foram nascendo e deram-nos nomes que traduziam esperança.
Na época de Eduardo os nomes eram dotados de significado e não apenas por estarem na moda.
Exemplo:
-CIRO- que significa o libertador
-DAVI- que significa aquele a que Deus ama
-JULIANA- a filha da graça

Eduardo gerou filhos e sonhou o melhor para eles e os colocou diante do Senhor Deus com a melhor das suas expectativas.

Agora preste a tenção!

Boas intenções não são suficientes para evitar a desonra e ate mesmo a maldição familiar.

É preocupante o fato de não termos a preocupação nem a mesma atenção aquelas que não são maldições do ontem, do passado, as quais não tem nada a ver com o vovô, com a vovó, com o tio, com o pai oi com a mãe.
Refiro-me, porem, a falta de honra e as maldições de hoje.
Aquelas que têm a ver comigo e com você; que não têm a ver com a
cultura dos seus antepassados, mas com a cultura que você está criando dentro de casa;
aquelas que repousam exclusivamente sobre os seus ombros.

Você é a pessoa absolutamente responsável
por discerni-las, por percebê-las e por impedir que elas cresçam, espalhem-se e se
enraízem dentro da sua própria vida.

Raízes de morte, de amargura, de ódio, desonra, destruição.

Em Malaquias 4:6, lemos : Ele converterá o coração dos
pais aos filhos, e o coração dos filhos aos pais; para que eu não venha e fira a
terra com maldição .

A palavra de Deus é absolutamente importante quanto ao cancelamento dessas maldições,
que o coração do pai se converta ao seu filho; que o coração do filho se converta a seu
pai; que o coração do marido se converta a mulher; que o coração da mulher se
converta ao marido; que o coração da mãe se converta à filha; que o coração da filha
se converta à mãe.
Se não houver essa quebra de ódios, de amargura, gerando reconciliação, encontro, abraço, choro, perdão, expiação, se a cruz de
Cristo não for erguida no meio, no centro dos seus vínculos familiares mais íntimos; se a cruz não for erguida na sua sala, no seu quarto, na sua cozinha
ou dentro do armário de seus filhos; se a cruz não for erguida nas gavetas íntimas,
fechadas, lacradas, cheias de amarguras guardadas; se a cruz,
não for erguida dentro de sua casa, esteja certo de que você será ferido com
maldição.

Agora, em nome de Jesus, preste atenção a isso: mesmo que Eduardo
fosse um pai que sonhasse com o bem dos filhos, ele, no entanto, não era
capaz de transformar suas boas intenções em investimento de vida
nos seus filhos.
Sonhou o melhor sonho, desejou o melhor desejo, porém não
foi capaz de investir vida na vida dos filhos.


POR QUE?

Vejamos a história de Eduardo;

o filho mais velho de Eduardo desejou e possuiu a sua própria irmã.
Um dos filhos do meio por ódio mandou matar o irmão e tentou expulsar o pai de casa e tomar o seu lugar.
Isso não deu certo e acabou morto por um amigo de seu pai.

Não adianta você ter os sonhos que tem, nem apenas fazer as orações
que faz, nem apenas guardar e juntar dinheiro para o bem de seus filhos.

Os filhos de Eduardo tinham dinheiro, casas, prestígio.

Eles tinha tudo! Mas, só o que eles queriam era um pai. Não era um
rei que eles queriam, mas um pai. Não era um homem poderoso que eles
precisavam, mas de um pai. Não era um general invencível de que eles careciam,
mas de um pai. Não era de um homem que resolvia os problemas do mundo que
eles necessitavam, mas de um pai que fosse capaz de ouvir uma angústia do filho.

Essa é a história de Davi e Absalão.
Em 2 Samuel do capítulo 15 ao 18

Minha pergunta a você, em nome de Jesus, é: para quem é que você
está transferindo a responsabilidade de administrar a alma de seus filhos?
Para o avô? Para o assessor? Para os filhos mais velhos? Para a empregada?
Para a escola? Para a Xuxa? Para a Angélica? Para a Escola Dominical? Para o
pastor? Para quem?
Essa responsabilidade é intransferível. O filho é seu. A filha é sua. A
alma deles vai ser cobrada de você.

De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a alma de
seu filho? De que adianta ter um complexo industrial, realização profissional, status ,
mas ter uma filha desgraçada ou um garoto arruinado em casa?



Tem um ditado que diz: Tem pai que é cego.

Creio que não haja pais ou mães cegos; no entanto, há pais e mães que
não querem ver o problema, que têm medo de
confrontar com a verdade, que têm medo de não saber como
ajudar a solucionar os problemas.

Eu não tenho receitas para soluções de problemas familiares, mas, em
qualquer caso, a omissão não vai resolvê-los, o tempo não vai solucioná-los. Ainda
que você não saiba como agir, abra os braços e chore com seu filho, dobre os joelhos
e ore por ele, diga que você se preocupa com ele e que jamais vai se omitir, que
jamais vai se afastar dele e que jamais vai se conformar com a situação.

Você encontrou a Jesus. Você foi perdoado.
Você foi lavado no sangue do Cordeiro .
Mas talvez o diabo continue lhe dizendo que você não tem autoridade
para olhar nos olhos do seu filho, nos olhos da sua filha, nos olhos da sua mulher, nos
olhos dos da sua casa, por causa de algum pecado cometido no passado.
No entanto, quero lhe dizer, que hoje, em nome de Jesus: não aceite essa
mentira! Repito: não aceite essa mentira!

Você pode vencer a maldição do ódio vivendo um
relacionamento franco, transparente, no qual a verdade e a sinceridade de
atitudes se somam a uma prática de amor genuíno.

Você pode vencer a maldição do amor fácil, descomprometido, que se quebra mediante
ação, compromisso, seriedade e afirmação dos princípios de Deus na vida.

Você pode vencer a maldição dos pecados não perdoados que se quebra no sangue de Jesus derramado na cruz, que nos dá posse definitiva do perdão de Deus.

Você pode vencer a maldição do ciúme.
A maldição do ciúme só pode ser quebrada com a segurança do
amor, o qual gera estabilidade, confiança e equilíbrio emocional e familiar.

Conclusão:

Quando pais se converterem aos seus filhos, filhos se converterem aos
seus pais, maridos se converterem a suas esposas, esposas se converterem a seus
maridos, quando você deixar o ódio cair por terra e o Espírito Santo encher o seu
coração de amor, de perdão e de reconciliação, todas as maldições estarão quebradas na
terra.





Leonardo B. Gomes

Extraído do livro o drama de Absalão

12 qualidades do jovem líder




Nesta palavra queremos compartilhar 12 Qualidades necessárias na vida de um Jovem Líder. Todo jovem que deseja fazer a obra de Deus deverá buscar estas qualidades em oração até que cada uma delas sejam geradas pelo Espírito Santo no seu interior. Tornando-se assim, uma realidade em sua vida. Uma observação se faz importante aqui: O Espírito Santo trará uma profunda crise, até que estas qualidades sejam geradas no interior de cada jovem, que ardentemente desejar estas qualidades impressas em seu interior, em seu caráter.

1º - O Jovem Líder deve ser: Transparente
Nada melhor do que nos relacionarmos com jovens transparentes. Esta é a marca de alguém que tem vencido o orgulho e a necessidade de ser aceito. Jovens transparentes, são jovens livres; mais ainda, refletem segurança nos relacionamentos.
2º - O Jovem Líder deve ser: Ensinavel
Jovens arrogantes e sabichões nunca aprendem nada. Se existe algo que nós jovens devemos aprender nestes dias, é a capacidade de sermos ensináveis. Disponibilidade para inclinar os ouvidos e o coração para ser ensinado, é um bom sinal.
3º - O Jovem Líder deve ser: Submisso
Uma das estratégias de Satanás na vida do jovem é fazê-lo rebelde e insubmisso. Submissão não é prisão, é liberdade. Submissão é uma dos segredos de uma vida longa, próspera e cheia de frutos. Jovens submissos às autoridades são jovens prevalecentes.
4º - O Jovem Líder deve ser: Tratável
É difícil conviver com alguém duro, resistente e cheio de razão. Jovens intratáveis nunca erram, estão sempre com a razão, justificam-se sempre e finalmente, nunca terão o caráter transformado. Afinal, são intratáveis. Aqueles que têm o coração amolecido por Deus se deixam tratar e se tornam grandes líderes na casa de Deus.
5º - O Jovem Líder deve ser: Humilde
Qualidade marcante de quem possui uma vida rendida diante do Senhor Jesus. Para estes não há lugar para o orgulho ou a soberba. Só há lugar para um coração despojado, entregue, rasgado diante do altar de Deus. Jovens com um coração humilde expressam a vida de Jesus.
6º - O Jovem Líder deve ser: Manso
Jesus disse que devemos aprender d'Ele, que é manso e humilde de coração, pois só assim encontraremos descanso para nossas almas. A humildade e a mansidão nos fazem ser semelhantes a Jesus, e traz descanso a nossa alma.
7º - O Jovem Líder deve ser: Cheio do Espírito Santo
Não pode ser cheio de si mesmo. Cheio de idéias e conceitos próprios. Deve ser cheio do Espírito. Na Bíblia, um dos símbolos do Espírito Santo é o vinho, símbolo de alegria e de vida. Assim os líderes jovens devem ser reconhecidos: cheios de alegria e cheios de muita vida de Deus - este é o nosso combustível ministerial.
8º - O Jovem Líder deve ser: Determinado

A determinação é um fator predominante na vida daqueles que querem vencer. Determinação é um ato da nossa vontade. Jovens de vontade livre terão mais facilidade para desenvolver esta qualidade.
9º - O Jovem Líder deve ser: Fervoroso
Este é o ingrediente que dá brilho ao ministério do jovem líder. Chega a ser empolgante observar alguns jovens no desenvolver de seu ministério. Há uma diferença entre um líder frio, um morno e outro fervoroso. O frio traz desânimo consigo, o morno não influencia em nada, enquanto que o fervoroso faz toda a diferença.
10º - O Jovem Líder deve ser: Motivado
Como é bom ter líderes motivados na igreja, e como é bom estar ao lado deles. Eles nos impulsionam a seguir em frente e vencer. Na verdade, a motivação do líder é responsável por 50% do êxito de seu ministério. Líderes motivados tem o crescimento desobstruído.
11º - O Jovem Líder deve ser: Disposto
Nada mais chato que tratar com pessoas indispostas. Geralmente não produzem nada, e tem a capacidade de influenciar negativamente, com sua indisposição, os que se mostram dispostos. Disposição é uma qualidade importante na liderança.
12º - O Jovem Líder deve ser: Ousado
E para finalizar, a bendita ousadia que nos conduz onde quer que o Senhor nos conduza. Uma pequena direção dada por Deus no nosso Espírito, nos fará avançar e prosperar naquilo para qual fomos dirigidos, sem qualquer dúvida, questionamento ou sentimento de incapacidade. O jovem líder que desenvolve esta qualidade, avança, prospera e supera suas próprias limitações.



Minha sincera oração, 
é para que o Senhor gere em nosso espírito um desejo e necessidades ardentes por estas qualidades em nossa vida. Amém

Leonardo B. Gomes






Deserto - Lugar de glória!




Deserto, lugar de formação de caráter...
Aprendamos a louvar ao Senhor mesmo que... Ainda que...
Aproveitemos os dias difíceis para vermos que o Senhor é fiel em quaisquer circunstâncias.
Deus quer te ensinar algo no deserto...

Base Bíblica: 
Êxodo 3: 1 – 21 Chamada de Moisés para o deserto
Marcos 1: 12 Jesus no deserto
Atos 9: 1 – 18 O deserto na vida de Paulo começou no dia da sua conversão.

Deus quer nos ensinar algo no meio do deserto, não sei que tipo de deserto você esta passando; no casamento, na família, no emprego, nas finanças, na saúde, na tristeza, na calúnia, na solidão, no abandono, eu tenho convicção de uma coisa: Deus vai te tirar desse deserto, apenas aprenda a confiar no seu Senhor e saber que ele esta a ver todas as coisas e breve, muito em breve, você vai sair dele mais forte, mais corajoso e pronto para realizar aquilo que Deus determinou que você fizesse.

1. Porque Deus permite irmos ao deserto? 
Deus nos leva ao deserto para que aprendamos do senhor e façamos menção dele

2. O que acontece no deserto?
Fome, sede, falta de familiares, amigo, pastor, tem frio, tem calor... Dependência total do Senhor.

3. O que vemos no deserto? 
A provisão do senhor e a manifestação do Senhor em nossas vidas, a glória de Deus é manifesta no deserto, há um patamar de glória maior.

4. Nosso estado no deserto? 
Necessidade de Deus, carência, aperto, sentimento natural de estar só, sede de Deus, MAS você e Deus no deserto formam uma grande dupla.

5.Quem está no deserto? 
Todos que querem mais de Deus e desfrutar do melhor dele aqui na terra.

6.Quem esteve no deserto?
Moisés - Aprendeu submissão e dependência do Senhor;
Elias - carência de Deus e confiança nele;
Paulo - Poder e confiança de quem era em Cristo, por isso não desistiram;
Jesus - Poder e completa confiança na palavra, força do pai.

7.Como sair do deserto?
Caráter de Cristão formado e debaixo do poder, resoluto em atender os propósitos de Deus em sua vida.

8.Quem nos tira do deserto? 
Só o Senhor nos tira do deserto, mas enquanto estamos lá ele nos aquece nos sacia, nos veste, nos consola nos anima, nos fortalece nos ampara.

9.O que é o deserto? 
Lugar de formação de caráter, sei que lá é lugar de aperto, aflição, dificuldades, mas depois do deserto Deus é glorificado em sua vida, pois saímos de lá com maturação, conhecimento, entendimento e revelação, louvor, glória e poder de Deus.

NO DESERTO PASSAMOS A TER DISCERNIMENTO, OPINIÃO E COM COMUNICAÇÃO DOS DESIGNOS DE DEUS MOSTRADOS PARA NOSSA VIDA.
GRANDES REVELAÇÕES DE QUEM É DEUS PARA GRANDES HOMENS FORAM COMUNICADOS NO DESERTO.
DEUS SE FAZ PRESENTE NO DESERTO CONOSCO, NÃO ESTAMOS SÓS.
TENHAMOS NOSSAS PRÓPRIAS EXPERIÊNCIAS COM DEUS, NÃO VENHAMOS SER MINISTROS DAS EXPERIÊNCIAS DE OUTROS, MAS NÓS MESMO DEVEMOS TER NOSSA EXPERIÊNCIA PESSOAL COM ELE.







Leonardo B. Gomes




Mudando para crescer



Na rotina cotidiana em que vivemos, temos a necessidade de experimentarmos novidades e enfrentarmos desafios, isto para fugirmos da mesmice e nos sentirmos vivos e úteis para a sociedade e para nós mesmos. À vontade de andarmos com o mundo e não apenas observá-lo, nos faz querer participar das mudanças diárias e com elas desenvolver o crescimento pessoal e coletivo, de ser uma peça sólida e lubrificada, no auge da produção.
Ora, este mesmo sentimento devemos ter em nossa vida espiritual, temos que desejar ter uma intimidade maior com o Espírito Santo de Deus, é Ele quem nos capacita e nos prepara para enfrentarmos as adversidades, é Ele quem nos encoraja e nos fortalece para as batalhas diárias e os inconvenientes que venham a surgir em nossas vidas.
Precisamos mudar nossa maneira própria de agir para a direção do Espírito Santo de Deus, podemos até tentar guiar nossas vidas sozinhos, mas chegaremos a um certo ponto em que não conseguiremos prosseguir, teremos momentos em nossas vidas que entraremos em conflitos, momentos de indecisão, e é neste momento que devemos esquecer nosso eu e deixar a direção das nossas vidas nas mãos de Deus, pois só Ele sabe o que é melhor  para mim e para você, Ele nos apontará a direção exata para sairmos de situações que podem até parecer em um momento sem solução, Ele agirá em seu favor da maneira mais adequada e simples, trazendo a sua vida tranqüilidade e segurança, dando a mim e a você a oportunidade de conhecermos melhor a sua vontade para as nossas vidas, e assim termos um crescimento pessoal e espiritual que com certeza mudará para sempre as nossas vidas.
Desta forma o próprio Jesus trouxe a vida de Saulo quando ele, dotado de sabedoria e autoridade para resolver e decidir assuntos complexos como, julgar comportamentos segundo a lei, e tratar de assuntos administrativos como o que devia ou não ser permitido aquela região em que atuava e ate mesmo além daquele território. Ora! Ensinado aos pés de gamaliel, grande intelecto da época, julgamos estar Saulo no melhor momento de sua vida. Bom emprego, salário ótimo, reconhecimento pelo bom desempenho e grande autoridade na área de atuação.
Você consegue ver falhas nessa vida de Saulo? Será que ele tinha frustrações familiares? Decepções amorosas? Abandono familiar?
O que se segue é o relato de aquele homem ora afamado, ora vencedor não passava de um homem vazio e em conflito entre o que ele sabia e o que acreditava ser verdade, agora sendo confrontado por alguém que lhe traz o que mais odiava, aquilo pelo qual sua vida estava firmada, suas bases educacionais agora sendo lançadas ao confronto mais difícil de sua vida, pois aquilo que lhe parecia ser certo entrava em conflito com uma nova descoberta que acabara de receber.
No momento crucial da vida de Saulo o Senhor Jesus traz uma palavra que o transtorna de maneira tal que aquele momento tão temido na vida de muitos havia chegado, o momento de decisão.
Saulo, Saulo, porque me persegue? At. 9
Neste momento tudo o que ele acreditava estar certo foi confrontado por Jesus.
O Senhor Jesus revelou a Saulo que aquilo a qual ele havia se dedicado estava entrando em conflito com a verdadeira vontade de Deus.
Então tudo o que ele aprendeu estava errado? Não! A aplicação do que ele sabia é que estava sendo errada.
Pois o próprio cristo a ele disse, o que fazes é me perseguir, é me confrontar, a maneira que você acha esta certa na verdade esta errada, pois Eu, Jesus, sou a verdade e a vida.
E o que Saulo recebeu foi o toque do Senhor que lhe trouxe finalmente a paz naquilo em que pensava estar certo.
Ele permitiu que o Senhor Jesus o levasse a direção do que era verdadeiramente certo.
Muitas vezes o Senhor Jesus vem ate nós e nos confronta sobre aquilo que achamos estar certos, pois temos a mania de nos acharmos que somos o dono da verdade, e que todas as outras pessoas devem aceitar aquilo que falamos e muitas vezes impomos com braço de ferro não passando de meros ditadores e cegos em nossas próprias conclusões.


É necessário sermos confrontados por cristo para levarmos um choque em nossa consciência cauterizada para então, pararmos e escutarmos o que Cristo tem para nos falar. 

Leonardo B. Gomes



Se Jesus foi rico, eu também quero ser!




Se Jesus foi rico, eu também quero ser!Escutar de algum pregador que Jesus era rico e quem segui-lo será próspero financeiramente, soa como uma garantia de ganhar na loteria! Infelizmente, muita gente tem este conceito como premissa para frequentar uma igreja. Afinal: se Jesus foi rico, eu também quero ser – dizem os seguidores da teologia da prosperidade e confissão positiva! Vejam as declarações feitas por alguns famosos precursores deste movimento, desde os EUA até aqui no Brasil:
“João 19 nos diz que Jesus usava roupas de griffe… A túnica era sem costura, tecida de cima até embaixo. Era o tipo de vestimenta que os reis e os mercadores ricos usavam” (John Avanzini, gravado em 20.1.1991, no programa de Kenneth Copeland).
“Jesus tinha uma roupa tão bonita, tão cara, que os soldados disputaram para ver quem ficaria com ela. Outra coisa, Jesus era acompanhado por mulheres ricas que o serviam. Ele tinha seus doze discípulos e mais um grupo de 20 a 30 pessoas para alimentar diariamente. Quanto custa isso? A casa de Lázaro e outras residências onde ele se hospedava eram de classe média na época, ou até mesmo média-alta. Portanto, eu não consigo enxergar na Bíblia Jesus como uma pessoa paupérrima. Ele viveu como um rabi, que era um mestre. Eu não vejo Jesus pobre, mas vejo que ele demonstrava no seu estilo de vida excelência, tinha uma vida abençoada – multiplicou pães, proveu boa pescaria aos seus discípulos. Como Senhor e Deus, ele tinha acesso às riquezas.” (Bispo Robson Rodovalho, Revista Eclésia, edição 109)
“Sabe, Jesus e os discípulos nunca andaram num Cadilac. Não havia Cadilac naquela época. Mas Jesus andou num jumento. Era o “Cadilac” da época — o melhor meio de transporte existente.” (Kenneth Hagin, A Autoridade do Crente, p. 48.)
Declarações como estas são muito comuns nos dias de hoje, por conta da propagação da teologia da prosperidade no Brasil. Trata-se de um conceito que foi importado dos EUA, fixado atualmente como um forte pilar das igrejas neopentecostais brasileiras. Porém, como cristãos não deveríamos absorver ensinamentos sem antes analisar biblicamente para ver se, de fato, procedem ou não das Escrituras, o que no caso apresentado leva-nos ao seguinte questionamento: Será que realmente Jesus foi rico? Será que ser rico financeiramente é promessa de Jesus para nós?
De fato, Jesus ensinou princípios “riquíssimos” sobre prosperidade material, vivenciados inclusive em sua própria vida terrena. Porém, biblicamente veremos que em nada confere com as afirmações dos propagadores da teologia da prosperidade.
Antes de continuar, esclareço que eu não defendo de forma alguma a “teologia da miséria”, creio plenamente que Deus nos sustenta e supre as nossas necessidades, bem como prospera alguns conforme a sua soberana vontade. Porém, entendo que o grande problema é deixar de buscar a Deus pelo que Ele é em troca daquilo que Ele pode nos dar. Portanto, o que vou analisar exclusivamente neste artigo é a afirmação de que supostamente Jesus era rico e que Ele promete riquezas para os seguidores. Vejamos:
Em primeiro lugar, Jesus era e sempre será rico eternamente em sua posição gloriosa no céu, porém abdicou-se de sua glória celestial e veio à terra viver como um homem de maneira humilde, a fim de sofrer e morrer por nós: “pois conhecereis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.” (2Co 8:9) [1] Ao contrário do que afirmam os defensores da teologia da prosperidade, nesta passagem está claríssimo que Jesus não era rico, o propósito d’Ele era exatamente o contrário. Cristo tornou-se pobre no mundo não para trazer riquezas materiais a humanidade, mas sim a salvação que é a verdadeira riqueza, por consequência a transformação de vida em amor para com o próximo. No contexto de 2Co 8, Paulo utiliza o exemplo da posição de glória que Cristo desfrutava com o Pai e que foi sacrificada por Ele a fim de nos auxiliar (Fp 2:5-8) para mostrar que, da mesma forma, os crentes de Corinto deveriam sacrificar algo para ajudar os irmãos da igreja de Jerusalém. Paulo incentiva-os a ofertar aos irmãos necessitados como um ato cristão de amor e cuidado.
Desde o início da vida terrena de Jesus, o propósito d’Ele de fazer-se humildemente pobre foi manifestado, a começar pelo seu nascimento: “E ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.” (Lc 2:7) Em tese, seguindo a lógica da teologia da prosperidade, seria bem mais apropriado que Jesus Cristo tivesse nascido em um palácio, num berço de ouro forrado com tecido fino e vários criados para servi-lo. Porém, Jesus nasceu num estábulo e colocado numa humilde mangedoura para demonstrar desde o início o propósito de ir contra a ganância e as riquezas deste mundo.[2] A Bíblia indica que Maria e José eram pobres, pois quando Maria foi apresentar Jesus no templo, a oferta de sacrifício oferecida (segundo a lei mosaica – Lv 12:8) era oferta de pobre: “e para oferecer um sacrifício, segundo o que está escrito na referida lei: Um par de rolas ou dois pombinhos.” (Lc 2:24) Isto prova, pelo menos na época do nascimento de Jesus, que José não era financeiramente estável por conta de sua profissão de carpinteiro.
Quando Jesus começou seu ministério terreno, Ele largou tudo o que tinha (família, lar, conforto etc.) para dedicar-se integralmente ao propósito do evangelho. Tudo o que era necessário para o suprimento natural de Jesus foi providenciado pelos próprios discípulos, prova disso é o fato de que algumas mulheres serviram Jesus com seus bens (Lc 8:1-3).
Jesus, conhecendo o coração das pessoas, ao responder alguém que queria segui-lo provavelmente para buscar benefício próprio, disse que “As raposas têm seus covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. (Lc 9:58) Note que Cristo aborda exatamente a questão “moradia”, uma resposta clara que refuta a afirmação de alguns pregadores da prosperidade de que Jesus possuía uma enorme mansão em Jerusalém.
Na primeira multiplicação de pães e peixes, os discípulos poderiam muito bem sair para comprar os alimentos para o povo, porém os mesmos questionaram Jesus justamente pelo fato de não terem condições para tal feito. Foi necessário a operação de um milagre para alimentá-los (Mc 6:34-44).
Certa ocasião, quando Jesus chegou em Cafarnaum (Mt 17:24-27), ele não tinha dinheiro para efetuar o pagamento do imposto da cidade, sendo necessário operar um milagre através de Pedro para efetuar o pagamento. Ao perguntarem para Jesus se era lícito pagar tributo a César, Jesus respondeu: Por que me experimentais? Trazei-me um denário, para que eu o veja” (Mc 12:14-16). Se Jesus fosse rico, com certeza teria uma moeda no bolso para usar, porém foi necessário alguém trazer uma para que Jesus pudesse vê-la.
A afirmação dos pregadores da prosperidade de que o Jumento que Jesus utilizou para entrar em Jerusalém, era como se fosse um Cadilac ou uma BMW da época, chega a ser ridícula e mostra o despreparo bíblico dos defensores da teologia da prosperidade. Ora, basta uma análise no contexto cultural para perceber que a “BMW” da época na verdade eram as carruagens e os cavalos, e não um jumento! Na Bíblia vemos claramente um exemplo disso: “Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que no seu carro, viera adorar em Jerusalém, estava de volta e, assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías.” (At 8:27:28) Além disso, o Jumento não era de Jesus, mas emprestado!
Ao contrário do que Rodovalho e John Avanzini afirmam, as roupas de Jesus no geral não eram de rico, pois os soldados tomaram as vestes e “rasgaram-nas em quatro partes” (Jo 19:23-24), somente a túnica (peça íntima que ficava debaixo das vestes) que era algo realmente nobre naquela época, pois não tinha costura e era tecida de cima abaixo. Por isso que os guardas lançaram sortes para ver quem ficaria com a mesma. Provavelmente tal peça pode ter sido doada por algum discípulo. Afinal, tudo ou quase tudo o que Jesus possuía durante o seu ministério era doado pelos discípulos que o acompanhavam, entre os quais alguns financeiramente prósperos, que era o caso das mulheres descritas em Lucas 8:1-3. O próprio túmulo de Jesus foi emprestado (Lc 23:50-53)!
Os pregadores da teologia da prosperidade, tentando contra-argumentar, ainda colocam que os apóstolos eram prósperos financeiramente. Porém, a Bíblia claramente refuta esta idéia. Dentre vários exemplos bíblicos, podemos listar alguns: Quando Pedro e João chegaram à porta do templo, onde um coxo de nascença pediu-lhes uma esmola. Se os apóstolos fossem ricos, com certeza eles teriam dado dinheiro ao pedinte, porém eles afirmaram: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (Atos 3:1-8), e o homem foi curado. O apóstolo Paulo passou por muitas necessidades financeiras ( Fp 4.10-20, 2Co 11.27), inclusive tendo que trabalhar fabricando tendas para se sustentar (At 18:3). O mesmo também ensinou a respeito da expectativa de buscar riquezas materiais: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (I Tm 6.8-10)
Como podemos ver, não existe base bíblica para afirmar que Jesus e os apóstolos eram ricos. Na verdade, Cristo nunca defendeu a busca por riquezas materiais, pelo contrário, condenou-a mostrando o verdadeiro padrão a ser almejado: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.”(Mt 6.19-24). Ele exortou-nos a buscar primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, sendo que o suprimento necessário virá naturalmente de Deus (Mt 6:25-34). Não devemos ter preocupações exageradas pela nossa sobrevivência, nem pelos cuidados materiais gananciosos, pois Jesus afirmou que este conceito é, de fato, o mais claro sinal de avareza na vida de alguém: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lc 12:15)
Todavia, é importante salientar que devemos também seguir o exemplo dos cristãos da Macedônia, onde mesmo em meio de muita pobreza, manifestaram abundância de generosidade ao preparar ofertas para ajudar os irmãos da igreja de Jerusalém em dificuldades financeiras. (2Co 8:1-4)
Quanto aos cristãos financeiramente prósperos, a Bíblia diz: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida.” (1Tm 6:17-19) João Calvino interpretou este fundamento com clareza: aqueles a quem houvermos de ver premidos pelas dificuldades das coisas, compartilhemos-lhes das necessidades e com nossa abundância supramos-lhes a falta de recursos.” [3] (Veja também 2Co 9:1-15)
Enfim, há muito mais passagens bíblicas que tratam sobre o assunto, mas creio que as citadas neste artigo sejam suficientes para esclarecer a questão.
Soli Deo Gloria!
Notas:
1 – A tradução bíblica utilizada no artigo é a Almeida Revista e Atualizada – SBB.
2 – Observação simbólica feita por A.W. Pink, em “Por que Jesus nasceu numa mangedoura?”
3 – CALVINO, João. As Institutas Vol. 2. Casa Ed. Presbiteriana. São Paulo, 1985. P. 168

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Cristão reformado, casado com Sandra Nara e pai do Davi. Diretor de arte, designer gráfico por formação. Teólogo, apologista cristão e blogueiro, autor de diversos artigos referentes à defesa da fé cristã, bem como refutações de práticas anti-bíblicas, de seitas e heresias. Editor doBlog Bereianos e articulista de outros blogs e sites. Twitter @ruymarinho

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