domingo, 30 de junho de 2013

Passos Para Implantar o Discipulado

Passos Para Implantar o Discipulado

Existem duas maneiras principais para começar o projeto de discipulado. A primeira maneira é para implantar em uma igreja já existente, a outra é para iniciar um trabalho através de grupos de discipulado. Abordaremos aqui só a primeira maneira.
O primeiro passo a ser dado é reunir os líderes da igreja e apresentar-lhes o projeto de discipulado e seus benefícios, o porquê é necessário para a igreja, no que irá contribuir na missão da igreja. Esse trabalho pode ser feito em um retiro de liderança num fim de semana, ou durante uma seqüência de semanas.
Após a liderança ter tomado, junto com o pastor ou pastora responsável, a decisão de implantar o discipulado eles devem participar de um encontro com Deus, assim terão condições de orientar e esclarecer as demais pessoas da igreja que participarem do encontro. Muitos têm falado besteira por não conhecerem o encontro de fato, leram algo sobre o encontro, ouviram a opinião de terceiros, mas não conhecem de verdade porque não passaram pelo encontro. Esse é um erro que podemos e devemos evitar.
Depois desse segundo passo começamos a enviar as demais pessoas da igreja ao encontro. Após passarem pelo encontro elas devem participar da escola de líderes. Como já explicamos anteriormente o objetivo do encontro é impactar as pessoas, participando do mesmo as pessoas acabam se desarmando de desconfianças sobre o modelo de discipulado e são estimuladas a serem discipuladas e discipularem, mas é na escola de líderes que elas serão esclarecidas sobre o projeto. Na escola de líderes é que elas receberão as informações básicas necessárias para entenderem e participarem do projeto. Se enviarmos nossas ovelhas ao encontro o quarto passo é organizar a escola de líderes.
Durante o período da escola de líderes o pastor ou pastora principal deve avaliar os participantes para selecionar entre eles os que irão participar da célula matriz (grupo base de discipulado). Esse processo de seleção é chave para o sucesso do projeto, pois esta célula estabelecerá o padrão para as demais. Eles serão o modelo referencial das outras células que surgirem. O que devemos avaliar para chamar as pessoas a participarem dessa célula matriz? O caráter.
Muitas vezes escolhemos as pessoas para participarem pela habilidade que possuem, pelo conhecimento, pela influência ou pelo tempo de igreja. Atos 8:21 deixa claro que se as pessoas não tem o coração reto diante de Deus, não terão parte nem sorte na obra do Espírito. Em Atos 6:3, I Timóteo 3:2-12 e Tito 1:5-9 vemos alguns critérios que foram usados para seleção de pessoas para alguns postos na igreja. Quero motivar você a pegar um papel e marcar quantas dessas características citadas nos textos bíblicos se relacionam com habilidade, conhecimento ou caráter. Você verá que quase todas têm a ver com caráter. Isso quer dizer que o que Deus valoriza é o caráter. Devemos selecionar as pessoas para a célula matriz pelo caráter. Mas o que devemos avaliar? Quais os critérios para chamar as pessoas para a célula matriz?
Avalie se são consagrados (tem sede e fome do Reino de Deus e da Sua presença), se são ensináveis, se são disponíveis (estão dispostos a pagar um preço e mexer em sua agenda para se envolver), se ouvem a sua voz, se são fiéis e se são frutíferos (tem seguidores que eles trouxeram a Jesus). Lembre-se que disponível e desocupado não são a mesma coisa, normalmente as pessoas mais disponíveis são as que têm uma agenda cheia. Desenvolva alguns pequenos testes para avaliar isso sem que as pessoas saibam e após avaliar selecione as pessoas para participarem de sua célula matriz. Selecione de cinco a quinze pessoas no máximo. Se não conseguir achar ninguém que preencha todos os critérios, os três indispensáveis são ser ensinável, disponível e ouvir a sua voz. Se a pessoa tiver isso você conseguirá, com a ajuda de Deus, desenvolver as demais características.
A célula matriz pode ser mista (melhor montar duas células matriz com homens e mulheres separados), mas na primeira multiplicação queremos incentivar a que se tornem homogêneas (homens e mulheres separados). Isso facilita o desenvolvimento de relacionamentos pessoais e comprometidos o que é um dos objetivos da célula evangelística, pois com pessoas do sexo oposto as pessoas têm mais resistência a se abrirem.
Na célula matriz ministramos estudos que ajudarão as pessoas a desenvolverem o que é necessário para fazerem discípulos que geram discípulos, e também investimos nossa vida nessas pessoas para ajudá-las a serem as multiplicadoras de vida que Deus gostaria (discípulos que geram discípulos). Alguns exemplos de estudos que podemos dar são como desenvolver relacionamentos saudáveis; como vencer as batalhas; como ser bem sucedido na consolidação; atitudes; entendendo a batalha espiritual; evitando falatórios inúteis; e outros. São estudos que prepararão as pessoas de sua célula matriz para lidarem com pessoas.
Após um período de mais ou menos três meses ministrando esses estudos estimula-se os participantes da célula matriz a convidarem de uma a três pessoas da igreja nesse primeiro momento para participarem também. Os que eles chamarem, eles acompanharão e cuidarão, por isso devem observar os mesmos critérios de seleção utilizados pelo pastor ou pastora para chamarem. Devem chamar tantos quantos puderem cuidar, com um limite máximo, nesse momento de três.
Nesse momento a célula matriz transforma-se numa célula evangelística para que eles possam ter a experiência de participarem de uma célula evangelística antes de liderarem uma. Mesmo só tendo membros da igreja se realiza a célula como evangelística para que eles vejam como é.
Quando o pastor ou a pastora percebem que as pessoas que eles chamaram num primeiro momento já aprenderam a cuidar dos que eles têm chamado (entram em contato fora do dia da reunião para saber como tem passado, visitam, marcam almoços e passeios para ter tempo de convivência, assistem na hora da crise, ajudam a procurar ajuda se eles mesmos não sabem o que fazer); ou seja, aprenderam a se responsabilizar pelo crescimento de seus discípulos, pode liberá-los para chamar pessoas que não são da igreja para participarem.
Se liberarmos para chamar pessoas de fora antes que eles aprendam a cuidar, corremos o risco de perder essas pessoas, mas se eles falharem no cuidado dos membros da igreja não se perde ninguém, pois eles já fazem parte da comunidade.
Se as pessoas que chamamos para participarem da célula matriz concluíram a escola de líderes, passaram pelo reencontro, têm pelo menos três pessoas de fora da igreja (além dos membros da igreja que chamaram) e são fiéis, elas podem ser liberadas para multiplicar (abrir sua própria célula evangelística).
Seguindo esses passos, e as orientações contidas nas partes anteriores, conseguiremos implantar o projeto de discipulado de maneira bem sucedida em nossa igreja. Resumiremos a seguir os passos:
1°) Reunir com os líderes da igreja e apresentar o projeto de discipulado e seus benefícios.
2°) Participar de um encontro com Deus junto com os líderes da igreja.
3°) Motivar os demais membros a participarem do encontro com Deus.
4°) Organizar a escola de líderes e motivar os que passaram pelo encontro com Deus a participarem.
5°) Selecionar a célula matriz.
6°) Ministrá-los.
7°) Motivá-los a chamar outros membros da igreja e ensiná-los na prática como funciona uma célula evangelística e como cuidar de discípulos.
8°) Motivá-los a participar do reencontro.
9°) Liberar os que aprenderam e são fiéis para abrirem suas células evangelísticas.

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