quinta-feira, 27 de março de 2014

Respondendo ao Problema do Mal

R. C. Sproul27 de Março de 2014 - Ética
O Dr. John Gerstner, meu estimado mentor, certamente levava jeito para ganhar a minha atenção e me ajudar a pensar de forma mais clara. Eu ainda me lembro quando disse a ele que eu pensava que o problema do mal era irresolúvel. Tendo notado que os melhores apologetas e teólogos na história da igreja não responderam todas as questões levantadas pela existência do mal neste mundo, eu disse a ele que ninguém jamais resolveria o problema deste lado da eternidade. Ele se virou e me repreendeu: “Como você sabe que o problema do mal nunca será resolvido”, ele perguntou. “Talvez você ou outro pensador seja aquele que Deus apontou para resolver essa questão”.
Com o devido respeito ao Dr. Gerstner, eu acho que ele superestimava os seus alunos. Eu não mudei a minha opinião sobre o problema do mal desde aquela conversa. Nos muitos anos em que ensinei filosofia, apologética e teologia, e nas muitas conversas que tive com pessoas feridas, uma resposta completa para o problema do mal permanece evasiva. Quando muito, eventos recentes fazem o problema parecer mais crítico. Só no ano de 2012, lidamos com um ataque terrorista na Maratona de Boston e com o atirador da Sandy Hook Elementary School em Connecticut. O Furacão Sandy matou quase 300 pessoas no nordeste dos Estados Unidos. Poderíamos também mencionar as centenas de milhares de pessoas que morreram nos tsunamis em 2004 e 2011. A lista é quase infinita.
Colocar um rosto humano no mal pode torná-lo mais inteligível — não é surpresa que pessoas más façam coisas más. A violência da natureza pode ser ainda mais perturbadora. Como lidamos com desastres naturais que não respeitam pessoas, mas de forma indiscriminada tiram vidas de idosos, bebês e deficientes, além de crianças e adultos? “Como”, muitas pessoas — até cristãos — perguntam, “pode um Deus bom permitir que tais coisas aconteçam?”.
Não há falta de especulação na tentativa de responder a essas questões. Indivíduos bem intencionados sugeriram incontáveis teodicéias — tentativas de justificar e vindicar Deus devido à presença do mal no mundo. Em seu livro publicado no século XVIII, Theodicy, o filósofo Gottfried Leibniz tentou explicar o mal sugerindo que nós vivemos no “melhor de todos os mundos possíveis”. Outros pensadores disseram que o mal é necessário para nos tornar pessoas virtuosas ou para preservar a realidade do livre arbítrio. Tais respostas falham em satisfazer o problema do mal, e normalmente sacrificam a soberania de Deus no processo.
Não penso que Deus nos revelou uma resposta plena e definitiva para o problema do mal e do sofrimento. Contudo, isso não significa que ele tem estado em silêncio sobre a questão. A Escritura nos dá sim algumas diretrizes úteis:
Primeiro, o mal não é uma ilusão — ele é muito real. Algumas religiões ensinam que o mal é irreal, mas a Bíblia nunca minimiza a verdade da miséria e da dor. Além do mais, os personagens bíblicos nos mostram que uma indiferença estoica ao mal não é a resposta correta. Eles rasgam suas vestes, oferecem lamentações a Deus, choram lágrimas reais. Nosso Salvador caminhou a Via Dolorosa como o Homem de Dores que conheceu nosso sofrimento.
Segundo, Deus não é caprichoso ou arbitrário. Ele não age irracionalmente, nem demonstra ou permite violência sem propósito. Isso não significa que sempre sabemos o motivo de um mal em particular ocorrer em determinado lugar ou momento. Por não sabermos todas as razões por trás de cada mal em específico, não podemos fazer fáceis conexões entre a culpa e o desastre, entre o pecado de uma pessoa e o mal que recai sobre ela. Textos que incluem o livro de Jó e João 9 nos impedem de declarar universalmente que a dor é uma punição por pecados específicos. Isso significa que quando desastres inexplicáveis ocorrem, devemos dizer com Martinho Lutero: “Que Deus seja Deus”. O clamor de Jó “o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21) não foi uma demonstração superficial de piedade ou negação da dor. Pelo contrário, Jó mordeu seus lábios e cerrou seu estômago enquanto se manteve fiel diante da tragédia e do sofrimento absoluto. Jó sabia quem Deus era, e se recusou a amaldiçoá-lo.
Terceiro, este não é o melhor de todos os mundos possíveis. Este mundo é caído. O sofrimento só está aqui porque o pecado desfigurou uma criação que, do contrário, seria boa. É claro que isso não significa que todo o sofrimento esteja ligado a um pecado específico ou que possamos fazer uma correlação, par a par, entre o nível do pecado de uma pessoa e o grau do seu sofrimento. Contudo, o sofrimento pertence à esfera mais abrangente do pecado que as pessoas encontram aqui nesta terra. Enquanto a criação sofre com a violência da humanidade, ela devolve essa violência. A Bíblia nos diz que a criação se enfurece com seus mestres e exploradores humanos. Em vez de administrar a terra sabiamente e povoá-la, nós a exploramos e a poluímos. Até que Cristo retorne com os novos céus e a nova terra, lidaremos com tempestades, terremotos e enchentes. Até lá, ansiaremos por uma criação renovada.
Por fim, o mal não é definitivo. O cristianismo nunca nega o horror do mal, mas também não o considera como tendo qualquer poder maior ou igual ao de Deus. A palavra final da Escritura sobre o mal é triunfo. A criação geme enquanto aguarda por sua redenção final, mas esse gemido não é em vão. Sobre toda a criação está o Cristo ressurreto —Christus Victor — que triunfou sobre os poderes do mal e fará novas todas as coisas.
Tradução: Alan Cristie
R. C. Sproul
AutorR. C. Sproul
R. C. Sproul nasceu em 1939, no estado da Pensilvânia. É ministro presbiteriano, pastor da igreja St. Andrews Chapel, na Flórida. É...
http://www.ministeriofiel.com.br/

Namoro: o que a Bíblia diz sobre isso? – Wilson Porte

porte-namoro

Então, o que é o namoro? Uma vez que a Bíblia aparentemente não fala sobre isso, podemos praticá-lo como quisermos?

Pois é, nós não encontramos a palavra “namoro” na Bíblia. Todavia, a Palavra de Deus fala de compromissos pré-nupciais (noivado) e pós-nupciais (sexo/casamento).
Um bom exemplo que temos é o relacionamento entre José e Maria. Eles eram noivos e não se conheciam sexualmente (Mt 1.18 e Lc 1.27). Havia um compromisso sério entre eles, que, na época, eram provavelmente adolescentes. Casamentos aconteciam cedo há dois mil anos atrás. Diferentemente de nosso tempo.
O namoro é um traço de nossa cultura que não existia na época bíblica. Os cristãos dão ao namoro o mesmo peso do noivado, entendendo-o como uma preparação para o casamento. Para os cristãos, namoro não é curtição, mas preparação.
Cristãos não namoram para se conhecer. Cristãos namoram porque já se conhecem o suficiente para caminhar um tempo, rumo ao matrimônio. Eu costumo colocar o namoro na mesma categoria do noivado. A Bíblia não me dá a categoria “namoro”. Logo, eu a defino com aquilo que há de mais próximo dela, o noivado.
A Bíblia não reconhece um relacionamento entre cristãos que não estejam se preparando para o casamento. Há muitos que afirmam: “será que todos os casais cristãos namoram para casar?” Realmente, eu não sei. Mas, deveriam! Se não podem pensar em casar, não devem nem começar a namorar.

O que a Bíblia diz sobre a pessoa com quem o cristão deve namorar? Será com qualquer um?

Quando Deus criou o homem, ele disse: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). Deus nos criou para que nos relacionássemos com outras pessoas. E o primeiro relacionamento que Deus proporcionou ao primeiro homem, foi o relacionamento com uma mulher.
Adão e Eva eram puros e tinham comunhão com Deus. Ali se via um relacionamento perfeito e agradável a Deus. Todavia, ambos deram as costas a Deus e a beleza do relacionamento entre homem e mulher começou a ser manchada.
Quando os seres humanos começaram a voltar-se para Deus, Deus começou a falar do cuidado que eles deveriam ter em seus relacionamentos. E a principal orientação foi: “Agora, pois, vossas filhas não dareis a seus filhos, e suas filhas não tomareis para vossos filhos” (Ed 9:12).
O que Deus está dizendo aqui? Quando os judeus voltaram do cativeiro babilônico, a terra em que entrariam estava abarrotada de gente “normal”, alguns diriam hoje. Mas, segundo Deus, pessoas com almas imundas, cheias de pecado e violência. Ou seja, pessoas que não temiam a Ele.
O ponto não era o fato de serem ou não judeus, mas de não temerem a Ele e Sua Palavra. E o conselho que Deus deu foi este: afastem-se deles.
Quer namorar e ser fiel a Deus? Então, comece excluindo os candidatos e candidatas que não estejam “no Senhor” (1Co 7.39), ou seja, que não estejam ligadas a Cristo. A pessoa que está ligada a Cristo é aquela que está crucificada com Cristo, que morreu para este mundo e que vive para a glória de Deus. É uma pessoa que traz você para mais perto de Deus. Pense nisso antes de começar a namorar!

Qual o conselho de Deus para alguém que quer namorar um incrédulo?

Via de regra, o conselho de Deus no Antigo Testamento (Ed 9-10, Ne 13.26, Am 3.3) sempre foi que o Seu povo não se casasse nem se relacionasse de modo sério com pessoas que não O temessem.
No Novo Testamento, o conselho não mudou. Deus continuou aconselhando seus filhos e filhas a casarem-se somente com pessoas que fossem, como eles, “templo do Espírito Santo”, ou seja, pessoas regeneradas (2Co 6.14-7.1; 1Co 7.39b).
A tristeza de Esdras no capítulo 9 de seu livro é algo que falta na vida dos cristãos de nosso tempo. A razão de sua tristeza era que a maioria do povo havia se casado com pessoas que não temiam a Deus.
Hoje, não há arrependimento, mas remorso. Não há disposição para obedecer a Deus, mas ao próprio coração. A tristeza de Esdras nos lembra que é possível nos arrependermos de algo que fizemos, ainda que esse algo pareça ser tão inofensivo, tão bobo, tão pequeno.
Quer namorar e ser fiel a Deus? Então, esqueça aquele rapaz que “parece” um anjo, mas que, aos olhos de Deus, está repleto de trevas. Afinal, “que união há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente” (2Co 6.14-16).
Se você é um filho de Deus e deseja ouvir o conselho de Seu Pai, então você deve deixar todo e qualquer namoro com um não-convertido, afastar-se dele, não tocá-lo, não andar mais com ele. Se você fizer isso, Deus promete que você será filho(a) dele, e que Ele será o seu Deus.
Por Wilson Porte. www.wilsonporte.blogspot.com.br. Ministério Fiel © Todos os direitos reservados. Website: www.MinisterioFiel.com.br / www.VoltemosAoEvangelho.com. Original: Namoro: o que a Bíblia diz sobre isso? – Wilson Porte
Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/ 

Você entende biblicamente o papel da mulher no casamento e no lar?

FeminilidadeEOPapelDaMulher
Qual o papel da mulher segundo a bíblia? Qual a influência da queda e do contexto histórico sobre essa compreensão? A mulher precisa do homem ou ela deve buscar viver de maneira autônoma e independente? Norma Braga responde a essas perguntas na entrevista feita pelo VE durante a Conferência Fiel para Pastores e Líderes 2013, com a ajuda do voluntário, Yago Martins:
Vídeo gravado durante a Conferência Fiel para Pastores e Líderes 2013. © 2013 Ministério Fiel. Website: www.voltemosaoevangelho.com; Original: Você entende biblicamente o papel da mulher no casamento e no lar?
Fonte: http://voltemosaoevangelho.com 

Uma Carta de Jim Elliot a seus Pais

UmaCartaDeJimElliotASeuPai2
Jim Elliot, que morreu como mártir nas praias do Equador, a seus pais quando lhes disse que estava partindo:
“Não me surpreende que vocês fossem entristecidos com a notícia da minha ida para a América do Sul. Isso não é nada mais do que aquilo que o Senhor Jesus nos advertiu quando ele disse aos discípulos que deveriam se tornar tão apaixonados com o reino e em segui-lo de tal forma que todas as outras alianças devem se tornar como se nunca tivessem sido feitas. E ele nunca excluiu o laço familiar. Na verdade, esses amores que consideramos como mais íntimo, ele nos disse que deveriam se tornar como ódio, em comparação com os nossos desejos de defender sua causa. Não se entristeçam, então, se os seus filhos parecem abandoná-los, mas, em vez disso, alegrem-se de ver a vontade de Deus realizada com alegria. Lembrem-se como o salmista descreveu os filhos? Ele disse que eles eram como uma herança do Senhor, e que todo homem deveria ficar feliz se tivesse a sua aljava cheia deles. E do que é cheia uma aljava  senão de flechas? E para que servem as flechas se não forem para serem atiradas? Assim, com os braços fortes da oração, puxa-se a corda do arco para trás, lançando as flechas — todas elas, direto nos exércitos do Inimigo.”
‘Consagre teus filhos para levarem a mensagem gloriosa, Dê de tuas riquezas para acelerá-los em seus caminhos, Derrama a tua alma por eles em oração vitoriosa, E tudo o que gastastes, Jesus te retribuirá.’”
Por: Jim Elliot
Tradução: Victor Brito; Revisão: Vinicius Musselman.
     Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/ 

Visão, Lugar e a Presença de Deus

VisaoLugarPresencadeDeus

Há grande debate e controvérsia em nossos dias sobre qual é a adoração correta diante de Deus. Como eu tenho lutado com essa questão, continuo voltando ao Antigo Testamento. Eu sei que essa é uma prática perigosa, porque agora vivemos na era do Novo Testamento, mas o Antigo Testamento nos dá instruções detalhadas e específicas sobre a adoração, enquanto o Novo Testamento é quase que silencioso a respeito desta conduta. No Antigo Testamento, eu encontro um refúgio da especulação, da opinião do homem e dos caprichos do gosto e da preferência humana, porque lá eu encontro o próprio Deus exigindo explicitamente que certas coisas aconteçam na adoração. Eu acredito que é possível e correto extrair princípios para a adoração do Antigo Testamento, pois os livros do Antigo Testamento continuam fazendo parte do cânon das Escrituras e, mesmo que haja certa descontinuidade entre o Antigo e o Novo Testamento, há também uma continuidade que não devemos desconsiderar.
Um dos princípios que aprendi do Antigo Testamento é esse: a pessoa deve ser envolvida por inteiro na experiência da adoração. Certamente, as mentes, os corações e as almas dos adoradores devem estar envolvidos, mas quando vamos ao culto no domingo pela manhã, não chegamos com as mentes, os corações ou as almas desencarnados. Nenhuma das nossas experiências é puramente intelectual, emocional ou espiritual. A experiência da vida humana também envolve aspectos físicos. Isso significa que todos os cinco sentidos estão envolvidos na experiência da vida. Somos criaturas que vivem a vida não apenas com as nossas mentes, corações e almas, mas com os nossos sentidos de visão, audição, olfato, paladar e tato.
Eu não tenho espaço suficiente neste breve artigo para abordar como os cinco sentidos estão envolvidos na adoração, ou mesmo para explorar todas as dimensões de apenas um desses sentidos. Então, quero considerar apenas uma forma pela qual o sentido visual pode ser impactado, para que os nossos corações sejam movidos a adorar.
Pesquisas rotineiramente nos dizem que as duas razões principais pelas quais as pessoas ficam longe da igreja são porque elas acham o culto chato e a igreja irrelevante. Essas razões, especialmente a primeira, me deixam surpreso. Eu sempre disse que, se o próprio Deus anunciasse que ele apareceria na minha igreja num domingo de manhã, às 11 horas, pessoas compareceriam a ponto de algumas ficarem em pé somente nessa hora marcada do culto. Tenho certeza de que ninguém que viesse a esse culto e testemunhasse a chegada de Deus iria embora depois, dizendo: “Eu fiquei entediado”. Quando lemos os relatos bíblicos de encontros de pessoas com Deus, podemos ver todas as gamas de emoções humanas. Algumas pessoas choram, algumas clamam de medo, algumas tremem, algumas desmaiam. No entanto, nunca lemos sobre alguém que tenha ficado entediado na presença de Deus.
Então, visto que a adoração é, em seu sentido mais básico, um encontro com Deus, como podemos explicar as pesquisas que nos dizem que as pessoas saem entediadas da igreja? Devo concluir que elas não estão experimentando a presença de Deus em nenhum sentido. Isso é trágico, porque se as pessoas não sentem a presença de Deus, elas não podem ser movidas a adorar e a glorificar a Deus.
Um dos elementos que ajudam as pessoas a sentir a presença real de Deus é a forma do ambiente de culto. Eu gostava de perguntar aos meus alunos do seminário, que eram protestantes, se eles já haviam estado em uma das grandes catedrais góticas católicas romanas. Muitos haviam estado, por isso eu lhes pedia para compartilhar suas profundas reações ao andarem por uma catedral. A maioria dizia: “Tive uma sensação de temor” ou “Eu senti a transcendência de Deus”. Isso me dava a oportunidade de mostrar como a arquitetura das catedrais, o formato do ambiente de culto nessas construções, colocava meus alunos no “clima” para a adoração, por assim dizer. É claro, as catedrais foram projetadas para despertar essa exata reação. Grande cuidado e reflexão foram empenhados no projeto das catedrais. Os projetistas queriam um formato que estimulasse nas pessoas uma sensação da sublimidade de Deus, da alteridade de Deus. Eu me entristeço ao ver que os protestantes não costumam ter o mesmo cuidado no projeto das igrejas. Nossos ambientes de culto são muitas vezes práticos. Os templos são projetados de acordo com o design de cinemas ou estúdios de televisão. Tais ambientes não têm nada de errado, mas muitas pessoas testemunhariam que esses ambientes não as inspiram à adorarem da mesma forma que o interior das igrejas tradicionais fazem.
Cabe a nós, penso eu, observar o grande cuidado com o qual Deus deu ao seu povo os planos para o tabernáculo, o primeiro ambiente de adoração. Como o templo que veio em seguida, o tabernáculo era um lugar de beleza, glória e transcendência. Era como nenhum outro lugar  na vida do povo de Deus. Precisamos entender que a arquitetura da nossa igreja comunica algo aos nossos sentidos visuais e, portanto, essa arquitetura pode favorecer ou dificultar a nossa percepção da presença de Deus.

R. C. Sproul
AutorR. C. Sproul
R. C. Sproul nasceu em 1939, no estado da Pensilvânia. É ministro presbiteriano, pastor da igreja St. Andrews Chapel, na Flórida. É...
                        Fonte: http://www.ministeriofiel.com.br/

Por que a Disciplina Bíblica é Importante Para Saúde da Igreja? – Jonathan Leeman

9marks-disciplina
Hoje em dia, pouco se fala sobre a disciplina eclesiástica. Contudo, na época da Reforma, a Confissão Belga, de 1561, declarou em seu artigo 29 ser essa uma das marcas da verdadeira igreja:
As marcas para conhecer a verdadeira igreja são estas: ela mantém a pura pregação do Evangelho, a pura administração dos sacramentos como Cristo os instituiu, e o exercício da disciplina eclesiástica para castigar os pecados. Em resumo: ela se orienta segundo a pura Palavra de Deus, rejeitando todo o contrário a esta Palavra e reconhecendo Jesus Cristo como o único Cabeça. Assim, com certeza, se pode conhecer a verdadeira igreja; e a ninguém convém separar-se dela.
Apesar de se poder debater a necessidade desta marca para se ter uma verdadeira igreja, tendo em vista a igreja de Corinto, é difícil negar a importância da mesma, tendo em vista as mesmas recomendações de Paulo para essa igreja em 1Co 5. É justamente sobre a importância da disciplina bíblica para a saúde da igreja que Jonathan Leeman discute neste vídeo.
Por Jonathan Leeman. Leeman é o diretor editorial do ministério 9Marks (9 Marcas). Webiste: www.9marks.org.
Entrevista realizada por Tiago Santos no módulo IV do CFL de 2012: 9 Marcas de Uma Igreja Saudável. Original: Por que a Disciplina Bíblica é Importante Para Saúde da Igreja? – Jonathan Leeman.
Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/

terça-feira, 25 de março de 2014

Deus não faz acepção de pessoas

Deus-nao-faz-acepcao-de-pessoasA Bíblia nos diz que Deus não faz acepção de pessoas. Acontece que muitos distorcem esse ensino, afirmando que, por isso, Deus ama a todos, e Cristo morreu por todos. A lógica é a seguinte: se Deus não faz acepção de pessoas, não escolheu uns e rejeitou outros; e Cristo não pode ter morrido na cruz apenas para salvar uma parte da humanidade, mas o seu caráter expiatório favoreceu a todos os homens indistintamente.

Caberia ao homem apossar-se dessa salvação ou não.

A questão é como uma bola de neve: quanto mais se parte de um pressuposto falacioso, e se tenta justificá-lo, mais a mentira ganha corpo, e acaba por se distanciar sobremaneira da verdade. Por fim, não mais como uma pequena bola mas uma avalanche, se volta contra o tolo, a soterrá-lo em meio a uma profusão de equívocos. Resta-nos uma pergunta: então, qual é a verdade?

Os versos que muitos se utilizam para argumentar que Deus ama a todos indistintamente, e por isso não faz acepção de pessoas são: "Porque, para Deus, não há acepção de pessoas" [Rm 2.11]; e, ainda: "Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas" [At 10.34]. Ora, isoladamente, os versos parecem corroborar o pensamento vigente entre os religiosos atuais, ao ponto em que não seria difícil chegar-se à conclusão universalista, a qual assevera que todos serão salvos, até mesmo o diabo e seus anjos, e o inferno é uma simples metáfora das contradições existentes na criação [1]. Esse seria o grand-finale de todo um pensamento confuso, ilusório e não-bíblico, se fosse verdade. Mas, felizmente, não é.

Assim, o que esses versos querem dizer?

No primeiro, Paulo nos mostra a imparcialidade de Deus. Explicando que ninguém pode se considerar inescusável diante dele, e apelar para a inocência por não conhecê-lo e a sua lei; visto a ignorância não ser argumento de defesa para o pecador, "porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados" [Rm 2.12].

Ao perguntar: "Por quê? Somos nós mais excelentes?"; Paulo respondeu: "De maneira alguma", evidenciando que não há distinção entre os homens, e para Deus todos são iguais, pois tanto judeus como gentios estão debaixo do pecado [Rm 3.9]. "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" [Rm 3.23]; não há um justo sequer, não há quem entenda ou busque a Deus. Todos se extraviaram, e se fizeram inúteis. "Não há quem faça o bem, não há nem um só" [Rm 3.10-12]. Portanto nenhum de nós merece piedade diante dele; ninguém é melhor aos seus olhos; pelo contrário, todos somos iguais, ímpios, maus, rebeldes, insolentes, escória, indignos até mesmo de existir; e somente não somos consumidos por causa da sua misericórdia, que não tem fim [Lm 3.22].

Nessa multidão de ignorantes, pecadores e desobedientes, Deus, por sua única vontade, exclusivamente pelo seu querer, elegeu alguns para a salvação e o restante para a perdição. O fato é que ninguém merece ser salvo, mas por sua graça, escolheu aqueles que amou por intermédio de seu Filho, Jesus Cristo; "justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus" [Rm 3.24]. Ou seja, Deus escolheu aqueles que amou eternamente, e amou aqueles que escolheu eternamente. Se a eleição fosse pela presciência, ao se antever aqueles que teriam fé, e escolhê-los pela fé que teriam, Deus faria, nesse caso, acepção de pessoas. Ele buscaria uma justificativa na própria pessoa, um mérito nela, e a fé seria esse valor de referência que traria significado a quem a detém, e o fundamento para Deus salvá-la. A eleição não seria pela graça, mas por mérito pessoal, vista ser alcançada pela fé, como fruto do esforço humano e, assim, Deus preferiria-o em detrimento dos que não a têm. Acontece que isso seria justificação por obras, mas nenhuma justiça própria pode dar a salvação, "mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo" [Tt 3.5].

Sendo assim, é complicado e perigoso acreditar que o homem possui a fé antes de se regenerar, pois demandaria uma obra pessoal, numa ação proveniente de uma energia inerente ao homem, alheia à vontade de Deus. Seria o mesmo que alguém ter um fósforo. Ele acenderia o pavio, cujo fogo o percorreria, consumindo-o, a fim de se deflagrar a regeneração. Ele incitaria o Espírito Santo a operar até mesmo contra a sua vontade, de tal forma que, ao menos nesse aspecto, ele se sobreporia a Deus em poder; o qual não poderia fazer nada sem que o pavio fosse acesso, sem que se desse o startpara que, somente então, pudesse agir e iniciar a obra de transformação. Deus se tornaria em um agente passivo [com tudo à mão menos o fósforo], enquanto eu e você seriamos quem na verdade ativaria todo o processo. Nós teríamos a chama suficiente, sem a qual Deus seria um mero espectador; com toda a sua graça amontoada pelos cantos, pronto para entrar em ação, mas impotente para fazê-lo por si mesmo. Deus teria quase tudo, mas não teria o principal: o controle sobre toda a cronologia do evento. Sem o fósforo, e alguém para acendê-lo, o arsenal de graça e misericórdia seriam inúteis e lançados no lixo. Se um homem apenas não se decidisse a usar a sua fé, de nada adiantaria Deus ter preparado toda a sua obra. É como uma festa onde o anfitrião encomendaria o melhor para se comer e beber, e ninguém fosse convidado, ninguém aparecesse de surpresa. A festa não teria sentido, nem os preparativos. O anfitrião veria o salão vazio, a comida intocada, o silêncio, e o despropósito de todos os arranjos comemorativos.

Isso colocaria a nossa vontade em preeminência, numa escala superior à divina. E, Deus, talvez impassível, talvez ansioso [dependendo da cosmovisão] não poderia fazer absolutamente nada, a não ser esperar que a sorte trouxesse alguém à festa; ou que acendessem o pavio.

Poderia ainda usar a seguinte ilustração: guardadas as devidas proporções, seria o mesmo que um comerciante ter um grande estoque de um determinado produto, abrisse a loja, e aguardasse os clientes aflorar, se acotovelar, em busca da mercadoria. Caso eles não viessem, o que faria? Provavelmente, uma liquidação. Para esvaziar o depósito. E não é interessante que o Evangelho não seja um produto de fácil aceitação? E que todos o busquem ansiosamente? Ao ponto em que, para aceitá-lo, o corrompem, distorcendo-o de tal forma que se descaracterize e perca o seu caráter exclusivista e seletivo? Tornando-se palatável, digerível, e assim, facilmente acessível a todos? Possível sem a necessidade de arrependimento e perdão? Contudo, esse não é o Evangelho, mas o antievangelho, que simplesmente acomoda as pessoas aos seus próprios pecados, tornando-as ainda mais cegas e tolas do que já são. O Evangelho separa, divide, leva a perseguições, e até mesmo à morte, como nos diz o Senhor: "Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem. Folgai nesse dia, exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas"[Lc 6.22-23]. O que nos leva à seguinte pergunta: a aceitação do Cristianismo e o seu crescimento numérico reflete-se nessa profecia, que garante o ódio do mundo a Cristo e a conseqüente perseguição, ódio e rejeição tanto à sua palavra quanto aos seus discípulos? Se não, o que estamos a fazer? Por que não somos perseguidos? Por não causarmos divisão no mundo? Por que somos aceitos como se fôssemos iguais a eles? Em algum aspecto, o que se tem é um falso cristianismo, que quer e procura ser aceito e não rejeitado, que está pronto a aliar-se ao mundo, e não sofrer as consequências naturais por amor a Cristo, e em seu nome. Alguém pode imaginar uma coalisão ou aliança entre luz e trevas? [2]

Pois bem, Paulo está dizendo que ninguém pode se autojustificar diante de Deus, logo, Deus não vê nenhuma qualidade no homem para escolhê-lo; e a escolha recai no próprio Deus, que a faz segundo os seus critérios, segundo a sua vontade, sem a ingerência ou mérito algum de quem quer que seja. Como está escrito: "Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece" [Rm 9.15-16]. A eleição é algo que vem do Senhor, não do homem [Jn 2.9]. É garantida por sua santidade, perfeição, sabedoria e justiça. Não será determinada por obras humanas, pois todas as nossas justiças são "como trapos de imundícia" diante de Deus, porque todos somos como imundos em nossas iniquidades [Is 64.6-7]. Em suma, todos somos condenáveis diante de Deus. Por isso, em sua justiça, ele não faz acepção de pessoas.

No segundo caso, Pedro, após ser advertido por Deus em sonho para não preferir os judeus em detrimento dos gentios, na proclamação do Evangelho, reconheceu que ele devia ser apresentado a todas as criaturas, sem exceção. O que ele disse em "Deus não faz acepção de pessoas" foi confessar que as "boas novas" têm de ser levadas também aos gentios, e que não são exclusividade dos judeus, ao ponto dele crer que tanto esses como aqueles seriam salvos pela graça do Senhor [At 15.7-11]. A morte de Cristo na cruz devia ser anunciada entre todos os povos e nações, para que, assim, os eleitos fossem alcançados pela verdade, sem a qual todos estariam irremediavemente condenados e proscritos ao fogo do inferno. Então, o que temos aqui é a proclamação do Evangelho para eleitos e réprobos, judeus e gentios, deixando claro que, nesse aspecto, o da pregação, Deus não faz também acepção de pessoas, e todas estão no mesmo nível de igualdade.

Neste ponto, não é preciso muita explicação, pois o contexto a que Pedro se refere está suficientemente delineado.

Portanto, restam ainda duas questões a esclarecer:

1) Cristo morreu por todos na cruz?

2) No caso da salvação, Deus faria acepção de pessoas?

Esses serão capítulos à parte, que escreverei em breve, se assim Deus quiser.

Notas:

[1] Alguns universalistas chegam ao extremo de afirmar que o diabo, demônios e o inferno são meras figuras de linguagem, usadas para revelar o mal como algo metafísico, abstrato, sem forma definida, onde não há sujeitos, mas parte da essência humana e que será derrotado no homem pelo próprio homem, pelo bem que subjaz em si mesmo. Em linhas gerais, para eles, Cristo veio nos dar exemplos morais, não veio salvar um grupo de eleitos, porque todos são filhos de Deus; o qual, por ser amor, não condenará ninguém.
[2] Esta questão está um pouco desfocada do objetivo do texto, mas considerei apropriado incluí-la sem desenvolvê-la suficientemente, o que poderá ocorrer em outro momento, num texto isolado sobre o assunto.
[3] Interessante que o projeto para escrever esta série estava engavetado há algum tempo, e até achava que não a escreveria mais. Contudo, ao ler o texto do Mizael Reis, "Suponhamos que Deus não fosse soberano", obtive o estímulo necessário para realizá-lo.

Fonte: Kálamos

domingo, 23 de março de 2014

O Homem do Século XXI

No limiar do novo século mudanças radicais têm interferido substancialmente na convivência da família evangélica. Há um novo mundo a ser descoberto com a fascinação do avanço tecnológico. Por um lado, esse novo homem tem tudo o que precisa ao seu alcance, como, por exemplo, cinco a sete informações sendo-lhe disponibilizadas simultaneamente através da televisão. Todas as benesses de um mundo globalizado lhe são oferecidas diariamente. Esse cidadão pode comprar e vender quaisquer mercadorias e serviços em qualquer país do mundo sem sair da sua própria residência. Por outro lado, um grande deserto está invadindo irremediavelmente o seu coração, causando-lhe traumas e feridas profundas em decorrência da solidão, da correria do dia-a-dia e do estresse.
 
O cristão deste século é como um cliente muito exigente. Quer tudo ao seu dispor, porém, o tempo urge para ele: tem de ser rápido, pois outro compromisso o espera. A igreja se tornou um “shopping center” que lhe oferece os mais variados produtos. Quando ele precisa ser suprido numa necessidade específica, vai à prateleira (Igreja) e escolhe o produto (culto) para aquele fim. Se aquele produto não lhe satisfaz mais, procura a prateleira (Igreja) do concorrente, uma vez que o mesmo colocou vários produtos (cultos) em promoção. O consumidor (crente) vai a todos os supermercados (Igrejas), mas não tem compromisso com nenhum deles. Isso tudo o torna vazio e descompromissado. Conhece todos os pastores e Igrejas, mas não se deixa conhecer por nenhum deles. É o que a Bíblia denomina de crente morno.
 
Mudanças são necessárias e é um processo normal. Entretanto, o que se vê são irmãos imaturos, que não se entendem, ou cada um entende a sua maneira. Em Marcos, capítulo 12, versículo 31, Jesus ensina a amar o próximo como a ti mesmo. O texto evoca um ponto de equilíbrio: Eu preciso me amar, me entender (Lat. Entendere: para dentro). Isso significa respeitar; e, respeito, é olhar o outro e tirar os olhos de si mesmo, personalizar-se, dar um tempo para si, se analisar.
 
Muita coisa mudou, mas a evolução da maturidade afetiva no novo crente precisa ser conquistada. O vegetal recebe nutrientes e cresce se houver adubo. Assim também é o crente de hoje: tem de buscar em Deus, não pode viver instintivamente, precisa trabalhar o seu caráter para florescer e frutificar. Chegou o momento de sair do possessivo para o oblativo, e algo natural e não demagógico, deve vir dos sentimentos humanos profundos e espirituais.
 
No novo milênio a família cristã deve vislumbrar a exuberância do belo, resgatar os sentimentos via toque, atenção e carinho. Precisa sair da intenção para a concretização do amor de Deus, como um compromisso de lealdade e fidelidade. No lar, o poder tem de ser compartilhado, não é intimar a família para se unir, mas criar intimidade para se unir.
 
Cuidado com a felicidade imediata, ela não tem raízes profundas. O prazer pode durar a noite toda, mas no dia seguinte segue a alma ferida, os traumas existenciais e incompatibilidades. O melhor não é viver a fantasia do amor, mas o amor deve ser construído e idealizado. Para que se resguarde uma relação sólida e duradoura.
 
Enfim, para adocicar esse novo homem e essa nova mulher, leve Jesus Cristo para sua própria casa. Esse produto, porém, não é encontrado nos supermercados, mas no recôndito do coração. O carcereiro quebrou o padrão da religiosidade e levou o Apóstolo Paulo e Silas para a sua própria casa. Ele certamente desejava ardentemente ter um encontro real com Deus. O grande segredo do sucesso é buscar a cada manhã ter um coração na presença de Deus.
 
 
Sebastião Cassemiro Borba
Bispo do MLP em Rio Verde/GO
Psicanalista

Formando Uma Geração de Conquistadores


Gideão estava ocupado tentando se salvar. O anjo do Senhor veio, e, em vez disso o mandou salvar a nação. Gideão não tinha forças “em si mesmo”, mas o anjo lhe disse: “Vá”!

A obediência é mais importante para Deus do que os nossos esforços. Deus não procura pessoas bem preparadas. Ele prepara e treina as que são chamadas.

Creio que Deus não me escolheu pela minha cor, pelos meus diplomas, pela minha inteligência, mas pela minha obediência, e por não ter medo de nada. Mas foram muitos testes e um longo treinamento.
 
Muitas vezes associamos a história de Gideão a uma postura de heroísmo, como se ele fosse um super-homem. Na realidade ele estava escondendo um pouco de trigo no lagar, antes de fugir para as montanhas. Haviam se passado 40 anos desde que Débora destruíra o exército Sírio. Depois os midianitas tinham se fortalecido e oprimiam brutalmente a Israel. Todo ano era a mesma coisa. Invadiam a terra de Israel, e enquanto o povo fugia, eles roubavam seus animais e comiam sua produção. Haviam perdido a esperança.
 
Deus escolheu Gideão (Jz 6:12) e Ele tem uma opinião melhor a nosso respeito do que nós mesmos. Nós olhamos as pessoas, mas Deus vê os corações. Deus nos vê de um prisma de vitórias futuras que tem guardado para nós.
O argumento e a conclusão de Gideão foi de desânimo total (Jz 6:13).

Ora Deus reina e está no trono e não nos dá muitas explicações, pois não entenderíamos. Deus não respondeu às questões de Gideão, ao invés disso deu a ele um comando: “Vá nesta tua força e livra a nação (Jz 6:14).
 
Analisando: Qual era a força de Gideão? A sua obediência. Deus conhecia o caráter de Gideão. Conhecia a sua vontade e sua ousadia. Fica claro que Gideão fez tudo com medo, mas fez. Deus o mandou para o campo do inimigo. Ele foi com medo, mas obedeceu. A obediência de Gideão libertou uma nação.
Pergunte: Será que Deus me escolheu? Coloque o teu foco no propósito de Deus para você. A obediência é mais importante que o conhecimento. Deus nos diz: Não é a sua força que estou buscando, mas a sua obediência.
 
Tire os olhos das tuas necessidades imediata e fixe-os no destino eterno de Deus para a tua vida.
Milhares de pessoas precisam tirar seus olhos de coisas pequenas, fúteis e pessoais e colocá-los em linha com a visão divina – que é uma visão macroscópica.
 
Não podemos nos contentar em ter uma escola com princípios, ou 10 ou 50 – precisamos acreditar na transformação de uma nação inteira. Este é o meu sonho.
 
Precisamos sair da nossa tenda e olhar para as estrelas – para a areia do mar. Não queira ser dono de uma árvore, pense em dominar uma floresta.

O Ap. Sinomar Fernandes é fundador e presidente
do Ministério Luz Para os Povos
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...