terça-feira, 12 de agosto de 2014

OS DEZ MANDAMENTOS DE UM LÍDER DE CÉLULA

Os Dez Mandamentos de um Líder de Célula"Meus irmãos, eu mesmo estou convencido de que vocês estão cheios de bondade e plenamente instruídos, sendo capazes de aconselhar-se uns aos outros." Romanos 15.14
Para que uma Célula dê muito fruto, é necessário um líder preparado. Um líder não apto acabará comprometendo todo o grupo. Há dez princípios-chave nos quais um líder deve se preparar.
1. Tenha convicção de seu chamado para o ministério – João 15.16
Deus chama aquele que tem o coração disposto a se envolver na missão de implantar Seu Reino na Terra. Ele deve ter a seguinte identidade quanto ao seu chamado:
• Ser sacerdote real. É um intercessor em colaboração com o seu pastor (1 Pedro 2.9).
• Ser bom administrador. Serve a Jesus e também aos membros de sua Célula (Lucas 12.42).
• Ser soldado de Cristo. Rompe as fortalezas do Diabo na vida das pessoas (1 João 3.8).
2. Seja um modelo de líder – 1 Coríntios 11.1
Deus chamou Paulo e fez dele exemplo para os gentios. O mesmo acontece com o líder de Célula. Ele deve ser modelo nas seguintes áreas:
• Como núcleo da Célula. Assim como na biologia, o líder é o centro das atividades da Célula.
• Como hormônio de crescimento. Crescimento espiritual, mas também numérico, através da evangelização constante.
• Como uma pessoa amável. O melhor ensino é dado por boas atitudes, e não com palavras.
3. Seja um soldado especialista na guerra espiritual – Efésios 6.10
Para ser um líder de Célula, é preciso ter uma atitude de fé que agrade ao Senhor. Ao líder foi delegada a autoridade espiritual para fazer a obra:
• Seja um guerreiro de oração. Tome nota dos pedidos, e ore pelas necessidades das pessoas.
• Seja cheio do Espírito Santo. Para dirigir a Célula com entusiasmo e dar o melhor de si.
• Sonhe com o crescimento de sua Célula. O bom líder deseja o mesmo que Deus – uma grande família (Romanos 8.29).
4. Estude a Palavra – 2 Timóteo 2.15; 3.16-17
Só a Palavra de Deus transforma vidas. Para isso, é imprescindível que o líder estude a Bíblia:
• Ouça. Tome nota das pregações e depois volte a lê-las (Romanos 10.17).
• Leia. Leia a Bíblia todos os dias de forma sistemática (Deuteronômio 11.18-20).
• Estude. Estudar a Palavra requer mais esforço e tempo do que ouvir e ler (1 Timóteo 4.13-15).
• Memorize. Memorizar a Palavra é a melhor maneira de vencer o Diabo (Mateus 4.1-11).
• Medite. Isso ajuda a compreender e aplicar a Palavra de Deus em nossa vida (Salmo 1.1-2).
5. Viva do orvalho da oração – Efésios 6.18
A missão do líder não poder ser realizada pela capacidade humana (Zacarias 4.6), mas através de uma vida intensa de oração:
• Peça a ajuda do Espírito Santo. Somente pelo poder do Espírito Santo os céus se abrem.
• Seja um intercessor. Não há amor maior pelas pessoas do que a intercessão.
• Louve e adore. O louvor e a adoração atraem o poder de Deus (2 Crônicas 20.22).
6. Estabeleça um lar de fé – 1 Timóteo 3.4
Um lar ajustado, não perfeito, é a maior credencial de um líder perante seus liderados. Trabalhe incansavelmente em favor do seu cônjuge e filhos:
• Você pode fazer. Há ensino abundante nas Escrituras sobre isso (Efésios 5.22-33 e 6.1-4).
• Você o fará, e assim será. Faça desse desafio, o seu maior compromisso (Josué 24.15).
7. Pratique a paciência do amor – 2 Timóteo 1.4
Grandes projetos não são finalizados do dia para a noite. Assim como nós, os demais também estão ainda em processo de aperfeiçoamento.
• A semente das lágrimas. Toda semeadura exige muito trabalho, suor e paciência.
• O fruto do esforço. A recompensa da semeadura em amor sempre vem (Salmo 126.5-6).
8. Fale com caráter – 1 Timóteo 4.16
As pessoas podem se esquecer das suas palavras, mas não das suas atitudes. O caráter santo de um líder fala mais alto que qualquer discurso:
• Coração de amor. A motivação do líder deve sempre ser o amor (1 Pedro 5.2-3).
• Lábios de bênção. Toda palavra deve ser proferida para edificação (Efésios 4.29).
• Aparência digna. Cuide do seu testemunho diante das pessoas (1 Timóteo 3.7).
• Sensibilidade. Não permita que as responsabilidades te desviem do amor ao próximo.
9. Ajude para que outros consigam o êxito – 2 Timóteo 2.2
Um líder de Célula consciente sabe que ninguém faz nada sozinho. Coopere e invista na vida de outros. Abra espaço para que novos líderes surjam entre seus auxiliares.
• A lei do bumerangue. Aquilo que fizermos aos outros, se fará a nós (Gálatas 6.7).
• Ore pelo êxito de outros. O líder humilde intercede pela vida dos seus companheiros.
10. Contemple o galardão do Reino dos céus – 2 Timóteo 4.7-8
Nenhum trabalho é vão no Senhor, e Ele não deixará de recompensar a cada um que se envolver em Sua obra com mãos dispostas e um coração dedicado e fiel.
• O prometido galardão do Reino dos céus. Há sim um prêmio reservado para nós no céu (1 Coríntios 15.19).
• O prometido galardão aqui na terra. Também há uma promessa a ser desfrutada ainda em vida (Lucas 18.29-30).
"Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem esmurra o ar. Mas esmurro, o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado." 1 Coríntios 9.26-27

Funções do Supervisor de Células

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  • Orar por sua liderança e liderados
  • Pastorear e supervisionar 3 a 12 células
  • Liderar o grupo de setor no TADEL (Treinamento Avançado de Líderes)
  • Discipular e treinar seus líderes de célula
  • Garantir através da supervisão crescimento e multiplicação
  • Visitar os liderados e os membros da célula
  • Supervisionar uma célula de cada vez, participando de toda reunião (sendo o 1º a chegar e o último a sair)
  • O supervisor de setor não deve dar a folha de estudo ou assumir o lugar do líder de célula
  • Na última semana do mês, supervisionar o maior número de células possível (visitas relâmpagos)
  • Ter Natanael 3
  • Repassar a visão a seus liderados
  • Ajudar os líderes de célula a resolver as dificuldades e encontrar novo local para multiplicação
  • Prestar contas ao pastor de área entregando os formulários devidamente preenchidos
  • Ser olhos e ouvidos do pastor de área
  • Ser fiel na reunião do TADEL (Treinamento Avançado de Líderes).


Extraído do Livro “Critérios Práticos de um Líder de Célula” – Elvis Oliveira, MDA Publicações, 2010.

Célula é um dos melhores instrumentos de formação de novos líderes

2222Essa formação ocorre com respaldo ministerial e capacidade reconhecida pelo povo. Um grande problema na maioria das igrejas é a maneira como seus líderes são estabelecidos. Alguns são colocados nessa posição por meio de eleição, outros, simplesmente por teu concluído um curso de seminário ou instituto bíblico. Dessa forma, teremos líderes apenas com o título, mas sem realidade ministerial, sem experiência e sem evidência do seu chamado.
A maneira bíblica de um líder ser estabelecido é pela vida. Um líder deve ser desenvolvido dentro de um processo prático e natural, que produzirá respeito e reconhecimento dos seus liderados. No contexto da célula será muito fácil perceber e reconhecer os verdadeiros líderes, pois com certeza serão aqueles que estão evangelizando, pastoreando, ensinando e se dedicando ao ministério. Esses serão automaticamente reconhecidos como líderes e terão o respeito espontâneo dos outros.
Na célula esse processo acontece de maneira muito prática, pois quando uma célula está próxima da multiplicação, é muito óbvio quem será o novo líder. E assim, idem para os outros níveis. É muito óbvio saber quem será o próximo supervisor de setor, é muito óbvio saber quem será o próximo supervisor de área, uma vez que essa posição é conquistada com evidência e reconhecimento. Nas células, os títulos são uma realidade de vida.

Dica de ilustração: Erro da Floricultura

Dicas de ilustraçãoUma nova loja estava inaugurando, e uma das amigas da proprietária queria lhe mandar flores pela ocasião. As flores chegaram ao local da nova loja e a proprietária leu o cartão, em cores sombrias, que dizia: “Descanse em Paz”.
A dona ficou muito brava e ligou para a floricultura para reclamar. Depois de mostrar para o dono da floricultura o erro óbvio e como ela estava chateada, o florista respondeu:
- Senhora, eu sinto muito pelo engano, mas ao invés de ficar chateada, a senhora deveria imaginar isto: em algum lugar está acontecendo um funeral, e eles receberam flores com um cartão alegre e colorido, que diz: “Parabéns pela inauguração de seu novo espaço”.
3D Livro Dinamicas 
Extraído do Livro “Dinâmicas:  Quebra-gelos e ilustrações“. Ivanildo Gomes, MDA Publicações, 2011.

Habilidades e qualificações ministeriais de um líder de célula

É utópico exigir de uma pessoa candidata a líder de célula habilidades e qualificações especiais, porém é preciso verificar algumas evidências nesse sentido. Para isso, pedimos que antes de alguém assumir a liderança de uma célula, que primeiro ela caminhe ao lado de um líder de célula ativo e seja treinado na prática, para ver como se faz, e ser levado a fazer o mesmo.
No-Power-1Quem pode ser um líder de célula?
  • Qualquer pessoa, de ambos os sexos (homem ou mulher);
  • Casados, solteiros, viúvos ou divorciados;
  • Adolescentes, jovens ou anciãos.
Para os casados, é necessário que o casamento esteja legalizado, ou seja, precisa estar casado civilmente antes de assumir a liderança.
O mais ideal é quando os casais trabalham juntos na liderança da célula. Tudo fica mais fácil: sair de casa juntos, discipular outros casais, supervisionar e resolver conflitos. Ajuda também a evitar constrangimentos de várias naturezas, podendo ser um deles o fato de a mulher crescer mais do que o marido, quando trabalham separados.
Existe um trilho que deve ser observado antes de uma pessoa assumir uma célula. Antes de alguém se tornar um líder de célula, é preciso frequentar o TADEL (Treinamento Avançado de Líderes) e assistir um curso chamado TLC (Treinamento de Líderes de Célula), que dura pelo menos dois meses.
3D Livro Sua Igreja em Celulas NE


A IGREJA NA VISÃO DO MDA

 IGREJA NOS LARES 
A Igreja do Senhor Jesus tem experimentado uma mudança de paradigma ao redor do mundo. Essa mudança está acontecendo na visão, estrutura e funcionamento da Igreja Local: O resgate da prática da Igreja Primitiva de se reunir nos lares.
Por muitos anos, diversas igrejas têm promovido células ou grupos caseiros, porém apenas como mais um dentre muitos ministérios. A visão da igreja neo-testamentária, entretanto, era bem diferente. Na Igreja Primitiva, os cristãos se reuniam nos lares, não como uma opção, mas porque o coração da Igreja Local, como centro de suas atividades, estava nos seus lares.
Essa mudança de paradigma tem sido chamada, por alguns, de Segunda Reforma. A Primeira Reforma foi liderada por Martinho Lutero, ao levar a Igreja de volta às suas origens doutrinárias baseadas somente na Palavra de Deus. Essa Segunda Reforma está devolvendo a Igreja às suas estruturas originais, no sentido de restaurar a “Igreja no Lar” e colocar o ministério nas mãos do povo. Quando uma Igreja Local realmente passa por essa Segunda Reforma, os grupos nos lares (Células) se tornam o coração daquela igreja.
A IGREJA NA VISÃO DO MDA
Todas as maiores igrejas locais do mundo já estão nesse novo modelo, promovido pela Segunda Reforma; todas são Igrejas em Células. Existem, porém, diversos modelos de Igrejas em Células.
O Modelo de Discipulado Apostólico (MDA) prioriza o discipulado um a um, mas também procura aproveitar as vantagens dos outros modelos.
Na visão do MDA, é possível à Igreja Local ganhar multidões para Jesus sem deixar de cuidar bem de cada cristão – é o modelo de discipulado um a um em ação.
Jesus, sendo o primeiro Apóstolo, demonstrou que o discipulado era um conjunto de fatores que abrangia convivência, o modelar do ministério, o investir nas pessoas uma a uma, o investimento em grupos de discipulado, orar juntos, congregar juntos, etc. Vemos, depois, os apóstolos e líderes da Igreja Primitiva seguindo esse modelo. Não há registro de que qualquer um deles teve doze discípulos. O número era obviamente flexível. A Bíblia deixa bem claro, porém, que o “Modelo Apostólico de Discipulado” que Jesus havia iniciado continuou. Barnabé foi atrás de Saulo (Paulo) e obviamente investiu muito na vida dele. Paulo investiu muito em Silas, Timóteo, Lucas, etc. A história diz que Pedro investiu muito em João Marcos, e assim por diante. Esse é o “Modelo de Discipulado Apostólico” (Mateus 28.18-20; II Timóteo 2.2).
O MDA abrange diversos fatores desenvolvidos na Igreja Local. Sem dúvida, o fator central do Modelo de Discipulado Apostólico é o discipulado um a um que todos na igreja recebem. Porém, este modelo (MDA) fala da visão geral de como cremos que a Igreja Local deve funcionar.
Temos aprendido muito com tantos excelentes modelos de Igrejas em Células, e queremos continuar aprendendo mais e mais com todo o Corpo de Cristo. Na Sua rica graça e misericórdia, Deus tem dado uma visão clara e nítida; uma visão que tem funcionado e produzido frutos permanentes; uma visão que tem a plena bênção e confirmação de nossa liderança: A Visão do MDA.
1 – O REINO DE DEUS
Jesus disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu Reino…” (Mateus 6.33).
Deus está implantando o Seu Reino aqui na Terra e Ele tem deixado bem claro qual é a visão dEle para nós:
Deus havia dito para o homem: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra…” (Gênesis 1.28). Por quê? Porque Adão e Eva gozavam de perfeita comunhão com Deus e assim refletiam a glória de Deus perfeitamente. À medida que eles obedecessem a ordem de crescer e multiplicar, toda a terra ficaria cheia da glória de Deus, como as águas cobrem o mar.
O plano original de Deus nunca mudou. Mesmo que o homem natural, por causa do pecado, não reflita a glória de Deus, aquelas pessoas que já nasceram de novo verdadeiramente refletem a Sua glória. Então a ordem de Deus continua a mesma: “Eu quero o Meu Reino implantado sobre toda a terra e isto vai acontecer quando os meus filhos colocarem o Meu Reino em primeiro lugar, crescerem e se multiplicarem até que toda a terra esteja cheia de pessoas que reflitam a minha Glória”.
2 – A IGREJA DO SENHOR JESUS
Mas qual é o contexto em que nós devemos buscar o Reino de Deus? Na prática, como podemos fazer isso?
Jesus disse: “Eu edificarei a Minha Igreja…” (Mateus 16.18) e em outra ocasião Ele disse “quem comigo não ajunta, espalha…” (Mateus 12.30). Em outras palavras, o Reino de Deus aqui na Terra se manifesta e é centralizado na Igreja do Senhor Jesus:
A Igreja do Senhor Jesus é o coração do Reino de Deus.
3 – A IGREJA LOCAL
Posso saber, então, que verdadeiramente estou buscando o Reino de Deus se eu estiver trabalhando com Jesus na Edificação da Sua Igreja Mundial. Mas, como a Igreja Mundial do Senhor Jesus é edificada? Através da Igreja Local.
Se eu não estiver edificando a Igreja Local eu não estou edificando como eu deveria a Igreja Mundial do Senhor Jesus. A Bíblia fala muito mais acerca da Igreja Local do que da Igreja Mundial. Estamos trabalhando com Deus ou contra Deus? Talvez muitos não saibam disto, mas quem não está na visão da Igreja Local – ajudando a Igreja Local a crescer e multiplicar em quantidade e qualidade, está na realidade (mesmo que seja por omissão) trabalhando contra Deus. Isto é sério. Deus coloca máxima importância na Igreja Local porque a Igreja Local é o coração da Igreja do Senhor Jesus aqui na Terra.
O Apóstolo João, em Apocalipse 1.10-11, ouviu a voz do Senhor Jesus por trás dele. Mas quando virou para ver o Senhor Jesus, primeiramente ele viu sete candeeiros de ouro (Ap. 1.12), e só depois viu o Senhor Jesus (Ap. 1.13). Os sete candeeiros são as sete igrejas locais (Ap. 1.20). Creio que, simbolicamente, isto mostra que para termos plena revelação do Senhor Jesus, temos também que ter a visão da Igreja Local. Onde estava Jesus? “No meio dos sete candeeiros” (Ap. 1.13). No meio das Igrejas Locais. É impressionante a importância que Deus põe na Igreja Local.
4 – A CÉLULA
É muito importante que todos os cristãos da Igreja Local estejam congregando na célula, onde a vida do Corpo se encontra de forma sintetizada em todos os seus muitos aspectos, tais como: adoração, intercessão, evangelismo, integração, discipulado, treinamento de líderes, comunhão, assistência social, etc.
É necessário que essa célula esteja sempre aberta para receber novas pessoas. Como a célula do corpo humano, deve estar sempre crescendo, multiplicando e formando novas células. Esse tipo de célula resgata a “Igreja no Lar”, e por isso cremos ser importante que todos congreguem em uma célula deste tipo, pois acreditamos que foi assim que aconteceu na igreja neotestamentária. Para nós, a Célula é o Coração da Igreja Local.
Todas as nossas Células, heterogêneas e homogêneas, têm essas características, e todos os membros estão em um desses dois tipos de Células. A totalidade de nossas Células cresce, e elas se multiplicam em três áreas:
1) Verticalmente: os membros crescem em intimidade com Deus e multiplicam isso nas vidas dos seus discípulos.
2) Horizontalmente: os membros crescem em comunhão uns com os outros e multiplicam isso nas vidas dos seus discípulos.
3) Exteriormente: Os membros crescem numericamente ganhando novas pessoas para Jesus, discipulando essas pessoas e multiplicam esse código genético de evangelismo e discipulado nas vidas dos seus discípulos. A Célula cresce em número de membros e se multiplica, gerando assim novas Células.
É este tipo de Célula que é o verdadeiro coração da Igreja Local. Na igreja baseada em Células tudo acontece pela Célula, para a Célula, através da Célula e em função da Célula.
No gráfico acima podemos perceber que o coração do Reino de Deus é a Igreja Mundial do Senhor Jesus; o coração da Igreja Mundial é a Igreja Local; e o coração da Igreja Local é a Célula. Você pode perceber, então, que todo esforço cristão para implantar o Reino de Deus na terra deve resultar em priorizar, direta ou indiretamente a edificação de Células no contexto da Igreja Local. Agora, qual é o coração da Célula?
5 – O DISCIPULADO UM A UM
Jesus priorizou o discipulado na Sua vida aqui na Terra. Antes de escolher os seus discípulos Ele orou a noite toda (Lucas 6.12-13), e uma grande parte do seu tempo foi ocupado investindo na vida destes discípulos. Como Ele viajava horas e horas a pé, é bem provável que, enquanto estava caminhando com os discípulos naquelas estradas construídas pelo Império Romano, Ele aproveitasse bem o tempo discipulando. Quem já caminhou por muitas horas sabe que é difícil andar e falar com muitas pessoas ao mesmo tempo. Cremos que Jesus discipulava muito: 1) um a um; e 2) em grupo.
O Dr. Carl Horton, que já dormiu no Senhor, tinha o seu doutorado em “Crescimento da Igreja” pela Escola de Missões Mundiais do Seminário Teológico Fuller. Foi ele quem apresentou os resultados surpreendentes de uma pesquisa realizada com um grande número de líderes cristãos. Os quesitos avaliados na pesquisa eram concernentes à formação de líderes; como e onde foram treinados os líderes que estão tendo mais sucesso no Reino de Deus. A pesquisa demonstrou que:
  • 0% dos líderes foram produzidos pelo púlpito em reuniões públicas de ensino ou pregação;
  • 90% dos líderes foram gerados através do discipulado e mentoreamento pessoal, um a um.
  • 0% dos líderes foram produzidos em classes estruturadas, como Escola Dominical, cursos de Família Cristã, Guerreiros de Cristo, e outras mais;
  • 10% dos líderes foram gerados no discipulado em grupos pequenos;
Na nossa própria experiência, também temos visto que é muito bom discipular em grupos, mas nunca em substituição ao discipulado um a um. Sem dúvida, isto possibilita que o discipulado seja mais profundo, intenso, e específico.
É claro que, para haver esse tipo de discipulado os dois (discípulo e discipulador) devem ser do mesmo sexo. Também, alguém não pode estar discipulando outra pessoa se ele primeiramente não tiver discipulador. O discipulador tem compromisso total de não falar nada para pessoa alguma daquilo que o discípulo confidenciou, a não ser que obtenha primeiramente sua permissão.
Este discipulado deve acontecer no contexto da Célula, ou seja, o discipulador deve participar da mesma Célula do discípulo. O discipulado nunca deve ser manipulativo. O verdadeiro discipulado é para ajudar o discípulo a crescer.
Discipulado é proteção. Discipulado é crescimento. Seja transparente com o seu discipulador. Você ficará maravilhado como Deus vai usar seu discipulador para ajudá-lo a vencer o pecado, crescer espiritualmente, ser um ganhador de almas, e ser também um bom discipulador. “Confessai os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados” (Tiago 5.16).
Uma vez que você está sendo discipulado, é importante começar a orar e pedir a Deus que lhe mostre quem você deverá discipular. Quando você ganha alguém para Jesus, você tem que garantir que aquela pessoa seja bem discipulada. Normalmente é você quem deve discipular aquele novo convertido.
Jesus, antes ascender aos céus, nos deixou a Grande Comissão: “Ide, portanto, fazei discípulos…” (Mt. 28.19). Isto tem que ser priorizado, pois sem dúvida é um assunto de máxima importância. Na medida em que meditávamos na centralidade do discipulado, Deus nos revelou que o discipulado um a um é o coração da Célula. A esse relacionamento do discipulador com seu discípulo (total de duas pessoas) chamamos de uma microcélula. Como a ênfase central da Visão do Modelo do Discipulado Apostólico é o discipulado um a um, vimos que seria ideal usarmos a mesma sigla para identificar esta microcélula.
Então, como visão da Igreja Local temos:
MDA: Modelo de Discipulado Apostólico.
E como o nome da micro-célula de discipulado, também, temos:
MDA: Micro-célula de Discipulado Apostólico.
O discipulado, na microcélula, é feito um a um. Você poderá notar então que a microcélula tem o total de duas pessoas: Discipulador e Discípulo. Cremos que o MDA é a menor representação da Igreja: a microcélula do Corpo de Cristo, “onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome…” (Mateus 18.20). É interessante notar que o contexto desta passagem se refere à Igreja Local.
O importante é que todos estejam debaixo da cobertura de um discipulador, e que todos estejam fazendo discípulos, porque, como já foi enfatizado, o discipulado é o coração da Célula. Em outras palavras: o MDA é o coração da Célula.
A Visão do MDA pede que cada cristão esteja inserido onde está a figura daquela pessoa no gráfico abaixo:
Na Visão do MDA cada cristão deve estar sendo e fazendo discípulos, participar de uma Célula, abraçar a visão da Igreja Local, buscar a Unidade da Igreja Mundial e colocar em primeiro lugar o reino de Deus.

A Importância da Igreja Local na Visão do MDA


Por Abe Huber
UM POUCO DA GÊNESE DO MDA
Durante alguns anos eu estudei os modelos de crescimento da igreja e acompanhamento de novos convertidos, assim como as estratégias de treinamento de líderes para continuar avançando o Reino de Deus na Terra. Por não sermos radicais nem dogmáticos, não copiamos integralmente nenhum dos modelos disponíveis de igreja em células. Não porque não quiséssemos ser parecidos ou identificados com qualquer grupo ou modelo, mas porque acreditamos que o Espírito Santo é original, criativo e contextual.
Cremos que quando nos colocamos diante Dele em íntima dependência, Ele nos guia naquilo que é o Seu melhor para a nossa vida, nossa família, nossa igreja, para nossa cidade e para todos aqueles dentro de nosso círculo mais íntimo de parceria e relacionamentos.
Estudando os diferentes modelos de igreja em células, observando-os de perto e gastando tempo com os líderes envolvidos em sua prática, encontramos vários bons modelos, como o “Modelo 5×5”, do Reverendo David Yonggi Cho, O “Modelo dos Grupos de Interesse”, do Dr. Ralph Neighbour Jr., e o “Modelo do Governo dos 12”, do Pastor Cesar Castellanos, da Colômbia. Todos eles são bons e funcionáveis nos contextos em que são aplicados, para aqueles que seguem seus princípios. Contudo, acreditávamos que Deus tinha algo específico para nós, com as nossas cores e nossa cara, capaz de florescer nos mais diferentes ambientes em que houvesse receptividade para o seu desabrochar. Queríamos algo adaptável, prático, descomplicado.
Entendemos que os modelos são feitos para as pessoas e não as pessoas para os modelos. Assim, em oração e dependência de Deus, chegamos às bases do Modelo de Discipulado Apostólico – MDA. Neste modelo, priorizamos as vantagens do discipulado um a um, ao mesmo tempo em que aproveitamos os benefícios dos outros modelos. Desta maneira, com base naquilo que o Senhor tem nos dado como a estrutura funcional do MDA, é possível para a Igreja Local ganhar multidões para Jesus sem deixar de cuidar bem de cada cristão. Isto é o discipulado um a um em ação. Isto é MDA.
A ORGANIZAÇÃO DA VISÃO
A Missão Paz é uma organização co-irmã das Igrejas da Paz, exercendo para com estas supervisão apostólica e apoio organizacional, tanto na implantação como no acompanhamento de alguns dos trabalhos estabelecidos, principalmente por meio de cuidados na área de saúde, prevenção, educação, atividades sociais, etc. Ambas, Missão e Igreja, compartilham desta grande visão. Muitos homens e mulheres têm investido suas vidas para que tenhamos hoje o conteúdo desta visão. Meu irmão, o Pastor Lucas, fundador da Missão PAZ, morreu pela visão em 1994. Em 2002, minha mãe passou para o Senhor, e está plantada em solo santareno, depois de passar mais da metade de sua vida em terras brasileiras, anunciando o Evangelho. Meu pai morreu dormiu no Senhor em 2009, aos 89 anos de idade, 53 dos quais dedicados ao serviço cristão no Brasil. Outros irmãos e líderes têm tido (aparentes) perdas que somente a eternidade lhes poderá recompensar.
A visão foi gerada, floresceu e cresce num ritmo saudável e contínuo, mas a um alto custo para muitos de nós que continuamos a pagar este preço para que seus objetivos e metas sejam alcançados. A visão do MDA vem do Espírito Santo, e é somente pelo Espírito Santo que alguém pode implantá-la.
Como a visão é proveniente de Deus, não nos sentimos proprietários, donos dela, apenas instrumentos que Deus pode usar para comunicar estratégias e ferramentas para o cuidado individual e coletivo de Seu povo. Assim, todos os que amam sinceramente ao Senhor e querem fazer uso deste modelo, têm plena liberdade no Senhor de sentir-se parte da visão, de correr com ela, de considerar-se da “família MDA”, que não é uma criação nossa, mas de Deus.
Recentemente, com o intuito de melhor assistir aos líderes e igrejas que querem mais do MDA, foi criada a Associação MDA, a qual é uma ferramenta de Deus para apoiar no implante e acompanhamento do MDA nos seus diversos níveis. Veja link neste mesmo site. Não temos intenção comercial, mas recomendamos a aquisição dos produtos que aparecem MDA Shop. Eles estão ajudando centenas de líderes, e podem ajudá-lo também, com certeza.
A visão não é algo imutável, fechada, inerrante como o cânon das Escrituras, ao qual não se pode acrescentar nem dele tirar coisa alguma. O sucesso e a eficácia da visão dependem de nossa capacidade de contemplar e ouvir corretamente a visão e o falar de Deus. Estamos escrevendo a visão, gravando-a, aperfeiçoando-a de acordo com a direção de Deus e o fluir do Espírito Santo. Estamos levando a sério o que disse o Senhor ao profeta Habacuque: “O Senhor me respondeu, e disse: escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo” (Hb 2.2). Louvamos a Deus por aqueles que têm parado, lido e tirado proveito dos benefícios que ela pode oferecer. Com certeza sua carreira será mais veloz, mais direcionada e menos cansativa depois disso.
A Missão PAZ tem como finalidade fundar cem mil (100.000) igrejas, e isto é só o começo! Assim, a visão do MDA e da Igreja da Paz tem tudo a ver com este alvo. Jesus disse: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).
Deus está implantando o Seu Reino aqui na terra, e isso fica muito claro e definido na Sua visão para nós: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra…” (Gênesis 1.28). Assim, a essência da vontade de Deus para nós consiste em buscar primeiramente o Seu Reino e sua justiça para todas as áreas da vida, e em obediência aos mandados de “crescer” e “multiplicar”.
Adão e Eva gozavam de perfeita comunhão com Deus e assim refletiam perfeitamente a Sua glória. Na medida em que eles obedecessem à ordem de crescer e se multiplicar, toda a terra ficaria cheia da glória de Deus como as águas cobrem o mar. Mas ainda não foi com eles. Deus repassou, agora, essa co-responsabilidade para nós.
O PLANO DE DEUS É IMUTÁVEL
O plano original de Deus nunca mudou. Mesmo que o homem natural, por causa do pecado, não reflita a glória de Deus, aquelas pessoas que verdadeiramente já nasceram de novo refletem esta glória. Dessa maneira, a ordem de Deus continua a mesma: “Eu quero o meu Reino implantado sobre toda a terra, e isto vai acontecer quando os meus filhos colocarem o meu Reino em primeiro lugar, crescerem e se multiplicarem até que toda a terra esteja cheia de pessoas que reflitam a Minha glória”.
É fácil dizer que estou buscando em primeiro lugar o Reino de Deus. Mas, na prática, como posso fazer isto? Em que contexto devemos buscar o Reino de Deus?
Jesus disse: “Eu edificarei a minha Igreja…” (Mateus 16.18). Em outra ocasião, ele disse: “Quem comigo não ajunta, espalha” (Mateus 12.30). Em outras palavras, o Reino de Deus aqui na Terra se manifesta e é centralizado na Igreja do Senhor Jesus.
A IGREJA DO SENHOR JESUS É O CORAÇÃO DO REINO DE DEUS
De acordo com as palavras do próprio Senhor Jesus, a menor expressão de “Igreja” é um ajuntamento de duas ou três pessoas reunidas em Seu nome, conforme Mateus 18.20. Há muitos ajuntamentos grandes que não são feitos no nome do Senhor. Por esse texto, vemos que o Senhor está falando da Igreja Local, seja ela composta por dois ou três, por três ou trinta mil, ou por mais.
A Igreja do Senhor Jesus tem duas dimensões na Terra: a Igreja Mundial e a Igreja Local. Como eu posso ter certeza de que estou colaborando com Deus na edificação da Igreja Mundial do Senhor Jesus? Somente se eu estiver envolvido ativamente na Igreja Local! Se eu não estiver envolvido na edificação da Igreja Local, eu não estarei edificando como eu devo a Igreja Mundial do Senhor Jesus.
Estamos trabalhando com Deus ou contra Deus? Talvez muitos não saibam disso, mas quem não está envolvido na visão da Igreja Local, ajudando-a a crescer e se multiplicar em quantidade e qualidade, está na realidade trabalhando contra Deus, ainda que seja por omissão. Isto é muito sério. Deus coloca importância máxima sobre a Igreja Local, porque ela é o coração da Igreja do Senhor Jesus aqui na Terra.
CONCLUSÃO
O Apóstolo João, em Apocalipse 1.10-11, ouviu a voz do Senhor Jesus por trás de si. Mas quando se virou para ver o Senhor Jesus, ele viu primeiramente sete candeeiros de ouro (Apocalipse 1.12), para só depois ver o Senhor Jesus (Apocalipse 1.13). “Os sete candeeiros são as sete igrejas” locais (v. 20). Creio que, simbolicamente, este quadro mostra que para termos revelação do Senhor Jesus temos também que ter a visão da Igreja Local. Onde estava Jesus? No meio dos sete candeeiros (v. 13). No meio das Igrejas Locais.
Concluímos disso tudo que é impressionante a importância que Deus põe na Igreja Local. É a partir dela que Ele manifesta a Sua vontade na Terra, evangeliza, ganha, consolida, edifica, treina, envia, e começa de novo todo o processo, com um exército cada vez mais aumentado de soldados equipados, servos compromissados com os valores e princípios do Reino, seja na sua casa, com seu vizinho, na sua cidade, ou nos confins da Terra. Em todo lugar, porém, a Igreja Local deve estar pulsando como o coração central do Reino de Deus.
Quanto ao MDA, sua função é promover um compromisso pleno, uma paixão abrasadora e uma intimidade profunda com Jesus, desde o relacionamento pessoal um a um do discipulado, até o enchimento de toda a Terra com a glória de Deus, como as águas cobrem o mar. Até lá, isto é só o começo!

O Poder das Cartas no Cuidado Pastoral


(Por Ivanildo Gomes) – O mundo tecnológico moderno tem vantagens e desvantagens. A velocidade como as pessoas se comunicam hoje é impressionante. Os e-mails já são coisas quase que ultrapassadas. Há outras ferramentas como msnSkypeOrkutSonicoTwitter,Facebook, e logo surgirão outras ferramentas ainda mais atualizadas e mais aproximativas.

Por outro lado, nenhuma dessas coisas substitui aquele prazer, aquele encanto de receber cartas impressas, envelopadas, seladas, escritas a mão. Quando chega um envelope desses você sabe que a pessoa sentou-se à mesa, pensou verdadeiramente em você, deu-se ao trabalho de mandar-lhe uma correspondência do próprio punho. É muito mais pessoal. Você tem a certeza que a pessoa não somente encaminhou algo bonito recebido de terceiros. Mesmo quando a pessoa escreve um e-mail bem pessoal, não é a caligrafia dela, não são seus traços pessoais que estão lá.
Para muita gente, as cartas dão um caráter especial à evangelização, ao discipulado e ao pastoreio. Nos momentos de alegria, como um aniversário, a carta fará com que a pessoa se sinta valorizada por ter sido lembrada. Também nos momentos de tristeza, poderá levar consolo e esperança.
Um cartão bonito, colorido, com uma mensagem pertinente fala mais alto do que cem mensagens prontas de e-mail, dessas que a gente recebe em PowerPoints bem elaborados, e só encaminha para alguém. Muitas vezes nem apresentamos, falamos ou escrevemos alguma coisa de introdução, só mandamos assim: Fw:mensagem para o seu coração.ppt. Em seguida aparecem dezenas de nomes de pessoas e endereços de e-mails em cor azul, junto com as letrinhas: Co ou Recebido de: Isso não é uma carta pessoal.
Quem nunca recebeu um e-mail assim: “Criança Desaparecida! Você tem filhos? Se os tem, vai compreender o drama de uma mãe e de um pai. Se você tem coração, por favor, ajude. Esta criança é filha de amigos, e desapareceu há dois meses. Você pode ajudar enviando este e-mail para todos os seus contatos, para o maior número possível de pessoas”.
O que ocorre, muitas vezes, é que o bendito e-mail já circula pela internet há dois ou três anos. São estratégias de pessoas e empresas que querem coletar o maior número possível de endereços para aumentar seu banco de dados, ou, quando pior, hackers que querem endereços de mais e mais pessoas para futuros sei lá o quê!
Não é errado mandar lindas mensagens em PowerPoint, mas é importante que pelo menos assinemos, escrevamos algo de pessoal. A pessoa deve saber que pensamos nela, e não que ela é apenas mais um na nossa mala direta, figurando nos intermináveis “rabos de mensagem”. Outra coisa: ao encaminhar uma mensagem, corte os “rabos”, aquelas listas enormes de endereços e troca de mensagens que vem junto. 
Devemos resgatar o valor de escrever cartas, cartões, dirigir-nos às pessoas com coisas vindas do nosso próprio punho.
A carta é também uma poderosa ferramenta de comunicação entre os membros da Igreja e das células (entre o pastor e seus co-pastores, entre o líder da célula e seus auxiliares e membros). Através das cartas poderemos estabelecer as diretrizes dos nossos serviços frente aos nossos ministérios, divulgar os nossos encontros, contar as novidades, passar a visão, motivar, treinar.
Podem ser cartas circulares, e-mails; não têm que ser necessariamente escritas à mão. O importante é que tenha um toque de pessoalidade, que todos saibam que é algo vindo de você, de alguém que ama e se importa.

Papel da Igreja com Relação aos Santos


(Por Abe Huber) – Qual deve ser a nossa atitude em relação aos irmãos que se encontram feridos pelo pecado? Nossa reação deve ser de restauração. A igreja é apresentada na Bíblia como uma família. Somos irmãos em Cristo e filhos do mesmo Pai, se já tivermos entregado nossas vidas a Deus. Daí que, sendo família, temos responsabilidades uns para com os outros. Não podemos ser como Caim, para quem Deus perguntou: “Onde está Abel, teu irmão?” E ele respondeu: “Não sei: Acaso sou eu guardião do meu irmão?” (Gênesis 4.9).

O Senhor queria que ele soubesse, que se sentisse responsável, que tivesse prazer na companhia e no sucesso do outro diante de Deus. Mas não, ele respondeu com uma pergunta que era, ao mesmo tempo, uma atitude de afastamento, de descompromisso, de indiferença. A tal ponto que tinha matado o seu irmão e parecia não sentir nada com relação a isso.
A posição de Deus para ele era a seguinte: “Sim, você é guardião do seu irmão. Você é mais velho do que ele, e por isso mesmo deve velar pelo seu bem-estar, ajudá-lo nas suas lutas, alegrar-se com o sucesso dele, apoiá-lo para crescer”. A posição de Deus para nós, hoje, é a mesma: nós somos guardiões do nosso irmão em termos que orar por ele, discipulá-lo na verdade, conduzi-lo à maturidade cristã, ajudá-lo a crescer até à estatura de Cristo. Devemos estar preparados para quando Deus nos perguntar: “Onde está teu irmão?”
A igreja é comparada a um exército, guerreando contra o mal, debaixo do General J.C. (Jesus Cristo). Em outras situações, a própria Bíblia nos compara a um corpo. Dessa maneira, somos membros uns dos outros. O pé não pode dizer à mão: “eu não preciso de ti”. Precisamos um do outro a cada dia, independente do quanto gostemos ou não dessa interligação que há entre nós e nossos irmãos. O que você precisa entender é que somos singular, únicos, especiais e importantes para preenchermos alguma lacuna na vida de outra pessoa, e imprescindíveis para o crescimento do corpo de Cristo.
A igreja se compara também a uma escola, onde todos nós somos alunos. Estamos sentados aos pés do Espírito Santo, sempre crescendo e aprendendo mais. No entanto, gostaria de fazer uso aqui de uma analogia entre a igreja e um hospital. Neste, o povo de Deus deve servir sempre como agentes de saúde em um pronto-socorro, de plantão vinte e quatro horas por dia, para restaurar as pessoas feridas na vida.
Existem muitas pessoas sangrando, cujas vidas foram despedaçadas em muitas áreas de seu viver. Por isso nós, como povo de Deus, devemos servir como agentes de um verdadeiro hospital. Quando a pessoa se sente derrotada, fraca, cabisbaixa, pecadora e frustrada na vida, ela fala que não vai à igreja porque se considera um errante pelos caminhos da vida. Eu gosto de dizer que a igreja é um lugar para você que se enquadra nessas situações.
A igreja é um hospital que pode trazer a cura para todos os doentes (tanto espiritualmente, como até mesmo dos enfermos no corpo físico). Pobre é o homem que pensa não precisar de alguma cura, restauração e transformação em sua vida, por menor que seja. Todos nós precisamos de ajuda, de cura, restauração. Felizes são o homem e a mulher que reconhecem que precisam de mais cura, que dependem do tratamento de Deus, desse santo hospital que se chama a igreja do Senhor Jesus.
A igreja não é um hospital somente para as pessoas de fora, mas também para os que fazem parte dela, ou seja, aqueles que estão dentro. Muitas vezes nossas igrejas estão cheias de pessoas que precisam de cura. São soldados valentes que trabalharam muito para Jesus, mas que, de repente, pisaram na bola, levaram uma rasteira do inimigo e estão precisando de um ombro amigo, do hospital para tratamento e cura.
Nós temos que ser essa igreja-hospital, apta para promover cura e restauração para os soldados feridos. Nossa fé autêntica deve estimular, procurar e celebrar a restauração de quem se desviou da verdade do Senhor. Seja um desvio no sentido de incorrer em erros de fé e de ensino, seja no sentido moral, de caminhada, de caráter.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A Tatuagem e a Igreja de Cristo

Nos últimos três anos, a prática de tatuar o corpo tem se tornado cada vez mais popular. Tudo indica que esta moda veio para ficar. É fato que, mais e mais, receberemos visitantes e novos membros com tatuagens, e algumas bem místicas e mundanas! Além do mais, pressinto que já temos alguns membros sendo atraídos por essa ideia, pensando em tatuar um verso bíblico, uma palavra hebraica ou uma imagem do Cavaleiro no Cavalo Branco de Apocalipse 19 (que tinha escrito em sua coxa: Rei dos Reis e Senhor dos Senhores). Sei que esta não é uma questão crucial para o evangelho e a igreja de Cristo.  Porém, é algo que incomoda alguns e pode se tornar motivo de discórdia entre os irmãos. Como lidar com esses dilemas? Como preparar a igreja para lidar sabiamente com esta questão? Após orar, pesquisar e pensar sobre este assunto, cheguei às seguintes conclusões, que nas próximas linhas compartilho com o leitor.
Primeiro: Precisamos Ensinar o que a Bíblia diz!
Em Levítico 19:28, a Palavra diz: "Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR".  À primeira vista, esta palavra parece resolver a questão, parece dizer: o cristão não deve fazer nenhuma marca no corpo; tatuagem é pecado. Porém, o contexto revela que o motivo desta proibição era evitar que os hebreus se identificassem com a idolatria dos caldeus. Como parte de seus rituais aos falsos deuses, os caldeus usavam lâminas afiadas para marcar o corpo. Essas marcas, ou cicatrizes, estavam diretamente relacionadas com a idolatria e culto pagão. Essa orientação era tão específica que, nos versos anteriores, Deus também proíbe outras práticas, tais como: adivinhação e feitiçaria (26). O cortar o cabelo dos lados da cabeça (deixando um tufo de cabelo no meio da cabeça) e o aparar as pontas da barba de uma maneira específica (27) - tudo estava relacionado com os rituais pagãos. (Andrew A. Bonar, A Commentary on Leviticus, The Banner of Truth Trust, Carlisle. Pensylvania, USA. Pg. 352)
Sim, acredito que este texto fala contra o uso de tatuagens ou qualquer outra prática que nos identifique com algum tipo de paganismo, idolatria, imoralidade ou tribo anticristã. Porém, não podemos aplicar este texto contra a pratica da tatuagem de nossos dias, pois os tempos passaram e a conotação mudou. Hoje, a grande maioria daqueles que se tatuam não o fazem por motivos espirituais ou religiosos, mas meramente estético/ decorativo (assim como a maioria das mulheres furam suas orelhas e usam brincos). Sendo assim, esta prática acaba enquadrando-se dentro daquelas questões relacionadas à liberdade cristã (Rm 14 e I Co 6:12).
Segundo: Precisamos Aplicar os princípios de Romanos 14 e I Coríntios 6:12
Usando os princípios destes dois textos, devemos orientar o cristão que considera fazer uma tatuagem, a fazer a seguinte autoavaliação:
  1. Será que esta tatuagem irá glorificar o Senhor Jesus? Será que ela irá promover a minha pessoa ou a pessoa Dele? (6-8)
  2. Será que esta tatuagem irá edificar os meus irmãos? Será que ela não irá entristecer ou escandalizar meus pais ou irmãos mais fracos? (15-21 e 15:1-2)
  3. Tenho plena convicção em minha consciência de que isto agrada a Deus? (leia versos 22-23)
  4. Será que isto não irá me dominar? (I Co 6:12) Esta é uma pergunta muito pertinente, porque vemos que muitos não conseguem se contentar com uma ou duas tatuagens, porém, como que numa obsessão, vão cobrindo o corpo com desenhos e mensagens.
Terceiro: Precisamos Ajudar as pessoas a considerar a questão
Os meios de comunicação não ensinam nossos membros a pensar. Nossa cultura promove o princípio da ética inconsequente, que diz: Siga o seu coração! Faça o que der na sua cabeça!  Por isso, cabe aos pastores seguir o exemplo do Mestre que desafiava as pessoas a parar, observar, considerar e decidir (Mateus 6:25-32). A Bíblia diz que devemos viver com sabedoria (Pv 24:3). Por isso, precisamos ajudar aqueles que estão considerando fazer uma tatuagem a parar e pensar no seguinte: O que será que o bom senso e os fatos dizem a respeito desta prática? Abaixo, seguem dois fatos muito importantes.
  1. Muitos se arrependem de terem feito uma tatuagem. Um estudo realizado pela Associação dos Dermatologistas Britânicos revelou que um terço dos ingleses que se tatuam se arrependem de terem feito isto. Nos Estados Unidos, na cidade de Pittsburgh, uma clínica especializada em tratamento dermatológico a laser diz que, nos últimos anos, a procura pela remoção de tatuagens cresceu em 50 por cento! E que este processo é longo, doloroso e caro. (www.hersutah.com, artigo escrito por Peter Sullivan, publicado no Pittsburgh Post-Gazette em 1 de Agosto de 2012)
  2. A tatuagem cria uma barreira social desnecessária. Muitas pessoas veem com desconfiança alguém com uma tatuagem. Por isso, uma tatuagem pode custar uma boa amizade, namoro, emprego, oportunidade comercial ou, pior, a oportunidade evangelística ou ministerial. Dr. Michael R. Mantell disse: "O mundo está dividido em dois tipos de pessoas: aqueles que têm tatuagem e aqueles que têm medo das pessoas tatuadas. Honestamente, eu fui criado entre este segundo grupo. Afinal de contas, quem eram as pessoas que usavam tatuagem em Newark, New Jersey, onde cresci? Marinheiros, criminosos, membros de seitas estranhas, roqueiros e gente ruim." (San Diego Magazine, Agosto de 2009, A Psicologia da Tatuagem – www.sandiegomagazine.com)
Quarto: Precisamos Preparar a igreja para amar os tatuados!
Como já disse no início deste artigo: nos últimos anos a prática de tatuar o corpo tem se tornado cada vez mais popular. Tudo indica que esta moda veio para ficar.  Mais e mais receberemos visitantes e novos membros com tatuagens bem místicas e mundanas. A igreja precisa ser preparada para receber os visitantes tatuados.  Assim como Jesus recebia e até comia e bebia com os publicanos e pecadores, nós devemos receber os tatuados no amor de Cristo. E, caso Deus os alcance com Sua graça é obvio que devem ser integrados ao corpo de Cristo sem nenhuma reserva. Para isto, precisamos ajudar os membros da igreja, especialmente os mais preconceituosos, a buscarem em Deus sabedoria e amor para superar suas fraquezas, e aprender a ver as pessoas como Deus vê (I Samuel 16:7); aprender a ver, por trás das tatuagens, uma pessoa criada à imagem e semelhança de Deus, ver uma alma que vale mais do que o mundo inteiro. Que Deus nos ajude a fazer tudo isto pela Sua graça, para Sua glória!
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.
Sillas Campos
AutorSillas Campos
Sillas Campos é pastor da Primeira Igreja Batista de Tupã (SP). Formado em Teologia pelo San Diego Christian College (EUA) e mestrando em Teologia pela...
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