quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Oposição satânica

O livro de Neemias apresenta de modo vivo a estratégia inimiga contra a restauração dos muros de Jerusalém. Há um homem em Samaria, cujo nome é Sambalate, que tudo faz para demover Neemias e todo o povo do propósito da reconstrução. Sambalate é um símbolo de Satanás. O nome “Satanás” significa adversário. Ele é responsável por toda oposição a Deus e seus servos, mas devemos saber que ele é um inimigo derrotado. “Maior é Aquele que está em nós, do que aquele que está no mundo”(I Jo. 4:4).
Tão logo Sambalate toma conhecimento da chegada de Neemias, começa a reação: “O que ouvindo Sambalate, o honorita, e Tobias, o servo amonita, ficaram extremamente agastados de que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel” (Ne 2:10). Esse é um quadro que bem retrata a atitude de Satanás. Tão logo o Espírito de Deus vem em nosso auxílio, ele se sente agastado, pois seu único propósito é “matar, roubar e destruir” (Jo 10:10). Ele nos tem afligido de todos os modos e se aproveitado da nossa ignorância espiritual para nos espezinhar. Ele sabe que com os muros restaurados e as portas em seu devido lugar, já não terá condições de conservar sobre nós suas prisões.
Queremos preveni-lo de que tomar uma atitude firme para restauração da personalidade, a renovação da mente, é entrar num confronto aberto contra as forças invisíveis das trevas. Haverá pressões, tentativa de cansar-nos, desgastar-nos, esmorecer-nos, levar-nos ao desânimo e desistir da luta. Isso tudo revela uma estratégia inimiga para que áreas da nossa vida continuem sob seu controle. Mas prevenidos disso, sabendo que o Espírito de Deus está conosco e que temos armas poderosas em Deus, nada nos demoverá do caminho. A luta passará por vários estágios. Parecerá intensificar-se, e de fato assim será. Para cada estágio de restauração, virá um nível de ataque. A sutileza inimiga logo se manifestará; todavia, por outro lado, depois de cada vitória contra as investidas inimigas, estaremos em melhores condições para níveis mais elevados de combate. Deus usará esses conflitos para gerar em nós uma identidade de combatentes que não depõem as armas até a vitória completa. Isso fará com que o inimigo nos respeite e recue, sabendo que estamos determinados a forçá-lo a sair do caminho, pois sabemos o que queremos e para onde vamos e não haverá nada que nos fará parar no meio da luta. A qualquer preço, os muros estarão de pé sem brechas, e o templo estará protegido.
Escárneo
“Ora, quando Sambalate ouviu que edificávamos os muros, ardeu em ira, indignou-se muito e escarneceu dos judeus; e falou na presença de seus irmãos e do exército de Samária, dizendo: que fazem estes fracos judeus? Fortificar-se-ão? Oferecerão sacrifícios? Acabarão a obra num só dia? Vivificarão dos montões de pó as pedras que foram queimadas?”(Ne 4:1-2).
Essa será a primeira investida de Satanás e seus demônios: o escárneo, a zombaria: “Ainda que edifiquem, vindo uma raposa derrubará o seu muro de pedra” (Ne. 4:3). A voz de escárneo nos vem daqueles que nos cercam ou através de pensamentos, mas origem é de Satanás, o adversário de nossas almas. Na hora em que você começa a investir em qualquer área da sua vida, em busca de cura e libertação, logo virão as vozes de pessoas bem próximas para dizerem: “O que? Você está brincando! Você sempre foi assim, Como agora vai mudar? Você vai ser pastor, não acredito!”. Essa é a pura voz do diabo. Não dê ouvido. O modo de enfrentar esse primeiro estágio de luta está na oração e no trabalho (Ne 4:4-6).
Fechados os ouvidos às zombarias, há progresso: “Assim edificamos o muro; e todo o muro se completou até a metade da sua altura; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar” (Ne 4:6). Note uma grande lição: o coração do povo não se inclinou a ouvir a zombaria, escárneo e desprezo. Tapou os ouvidos ao inimigo e concentrou suas energias físicas, mentais e emocionais na edificação do muro. Se quisermos vencer, temos que tapar os ouvidos a todo comentário que instila desânimo, incredulidade e fracasso. Desviar tempo e energia para considerar os comentários de terceiros é derrota. Ouça apenas a voz do Espírito de Deus, permaneça com a mão na obra, ela prosperará.
Conspiração
“Ouvindo Sambalate e Tobias, e os arábios, os amonitas e os asdoditas, que ia avante a reparação dos muros de Jerusalém e que já as brechas se começavam a fechar, iraram-se sobremodo; e coligaram-se todos, para virem guerrear contra Jerusalém e fazer confusão ali”(Ne 4:7,8).
Quando as brechas da nossa vida começam a ser fechadas, a fúria satânica tomará nova dimensão, e ele ordenará seus príncipes e demônios para virem contra nós. Haverá uma grande conspiração. Quando isso acontecer, não chore na primeira esquina. Quando vier o ataque, não fique lamentando ou em auto-comiseração; não deite na cama, não divague, não concentre os pensamentos na crise, nem se entregue ao desânimo; não entre em pânico. O que está acontecendo é a manifestação da fúria dos demônios, que podem usar todo tipo de incidente, com o propósito de lhe fazer parar. Levante os ombros e faça o que Neemias fez nesse nível de ataque: Oração e vigilância.
“Nós, porém, oramos ao nosso Deus, e pusemos guarda contra eles de dia e de noite” (V.9). Este é o caminho. Nossas armas são espirituais. Nosso espírito deverá estar vigilante e diante de cada circunstância que nos ataca, saberemos discernir quem é o seu autor, e não nos deixaremos esmorecer. Esses ataques, quase sempre, são impetrados através das pessoas que nos cercam, ou de uma doença, um embaraço aqui, uma dificuldade ali, uma pressão de um lado ou de outro. Com o auxílio do Espírito Santo, porém, saberemos o que está acontecendo, e resistiremos cada investida, sem vacilar.
Saiba de uma coisa: Deus está levantado um exército de guerreiros para o tempo do fim, e: guerreiros só são forjados no furor das batalhas. É no meio de muito fogo cruzado e confrontos violentos, que os comandantes de batalhão são formados. Não tema a luta. Cada novo combate será usado por Deus para fortalecer o seu caráter. Sabe quando a Bíblia diz que Jesus foi para a Galiléia, no poder do espírito, desbaratando as forças do inferno e sendo temido pelos demônios? Depois que enfrentou Satanás cara a cara, o venceu. Guarde esta verdade; depois de cada confronto e vitória, você estará mais habilitado pra novos níveis de luta e, conseqüentemente, novos níveis de vitória.
Ameaças de Morte
“E os nossos inimigos disseram: Nada saberão nem verão, até que entremos no meio deles, e os matemos, e façamos cessar a obra” (Ne 4:11).
Quando o inimigo verifica que não consegue impedir a realização da obra, ele projeta assassinar-nos, tirar-nos do caminho. É preciso, porém não esquecer que seu poder de ação sobre nós é limitado. Se nos prevenirmos para a luta e seguirmos a estratégia do Espírito, Satanás jamais conseguirá nos destruir. “Em todas as coisas somos mais do que vencedores” (Rm. 8:37).
A resposta a esse nível de ataque é uma vigilância cerrada e armada, o encorajamento e fortalecimento em Deus: “Pelo que nos lugares baixos por detrás do muro e nos lugares abertos, dispus o povo; Não os temais. Lembrai-vos do Senhor, grande e temível...” (Ne 4:13,14).
Esse é um nível de batalha violento, mas ainda assim o Espírito nos diz: “Não temas”. “Quando o inimigo vier como uma torrente, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a Sua bandeira e o porá em retidão” (Is. 59:19 – V. Amp.). Você será indestrutível, enquanto estiver sob a liderança do Espírito de Deus. Enquanto você estiver disposto a trabalhar na restauração da sua vida, não lhe faltarão recursos para vencer.
No estágio que estamos hoje, muitas brechas já estão reparadas. A reconstrução da sua alma, dos seus muros, está sendo concluída, é por isso que a batalha é maior.
É interessante considerar algumas tremendas verdades, expressas em Neemias 4:15-23. A primeira delas é que “somos avisados” dos planos inimigos e, por essa razão, conseguimos frustrá-los. O inimigo toma conhecimento de que fomos informados. Quem é o nosso informante? O Espírito Santo de Deus. Ele sabe o que se passa no reino espiritual, toma conhecimento de todos os planos de Satanás para nossa destruição e, através das Suas operações em nós, dá-nos aviso, para que saibamos como nos conduzir.
Todo exército tem sua central de inteligência, seu corpo de espias. Uma boa informação é de importância vital para as estratégias de guerra e conseqüentemente para a vitória. Deus não nos deixou sem direção. Na oração, na meditação e na obediência, nosso espírito recebe as impressões e direções de combate. Como é importante afinar o ouvido espiritual ao Espírito de Deus em nós e obedecer aos Seus comandos!
A segunda verdade a destacar é que “Deus dissipa o conselho deles”. Deus está do nosso lado e por isso, dissipa o conselho maligno. As ameaças virão por certo, farão muito barulho, rugirão como leão, tentarão nos intimidar, mas todo o projeto satânico cairá por terra e nós sairemos vitoriosos e fortalecidos, enquanto nos firmarmos na direção que o Espírito nos dará.
Dissipar o conselho inimigo é frustrá-lo, desmoroná-lo, enquanto não somos atingidos. Portanto, diante de cada investida, abra a boca e proclame com ousadia: “Seja dissipado o conselho inimigo e estabeleçam-se os desígnios do Altíssimo”.
A terceira lição está relacionada com o modo de trabalhar em tempo de ameaça; “metade dos meus moços trabalhava na obra, e a outra metade empunhava as lanças, os escudos, os arcos e as couraças”(Ne.4:16) e “cada um com uma das mãos fazia a obra e com a outra segurava a sua arma”(v.17). Estavam prontos para o ataque e para defesa, mas não paravam de trabalhar.
Assim também devemos fazer. Não parar o que estamos fazendo, mas permanecer em estado de alerta constante, com nossas armas afiadas e prontas para entrarem em ação a qualquer hora. O inimigo é astuto e não sabemos quando ele vai atacar. Devemos estar revestidos de toda a armadura de Deus, para podermos resistir no dia da batalha e permanecer inabaláveis. Efésios 6:10-20 retrata bem a atitude a ser seguida. É vital tomarmos esse texto e incorporá-lo já à nossa experiência.
A obediência ao comando do Espírito Santo é o quarto fator importante a ser considerado. O povo estava disperso, cada um no seu trabalho, e o que tocava a trombeta, permanecia junto a Neemias. Ao toque desta, todos deveriam se achegar a ele para as instruções e comandos de ação.
Estamos falando de tratamento em nossa personalidade, para que possamos refletir a imagem de Cristo e a glória de Deus, sendo canais transparentes da Sua vida, amor, palavra e graça. Isso despertará a fúria do inimigo, que fará tudo para impedir que tal aconteça, porque, assim sucedendo, seremos uma ameaça para o inferno. Em meio aos bombardeios, porém, não deixaremos de investir em nosso crescimento, rumo à “estatura do Varão Perfeito”, Cristo Jesus. Estaremos atentos ao soar “da trombeta”, à voz de comando do Espírito Santo. É, portanto, possível enfatizar-se a importância do ouvido afinado ao Espírito, acompanhado da determinação de obedecer prontamente cada nova direção. Só assim nos será possível deter essa fúria inimiga.
A quinta verdade a salientar é que “Nosso Deus pelejará por nós” (Ne 4:20b). Como isso deve confortar o nosso coração! A batalha é do Senhor. “Do Senhor é a guerra” e Ele está conosco “Como um poderoso guerreiro” (Jr 20:11). Estamos destinados à vitória, porque Ele está conosco, em nós e é por nós. “E se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31).
Astúcia e Falsidade
“Quando Sambalate e Tobias e Gesem, o arábio, e o resto dos nossos inimigos souberam que eu tinha edificado o muro e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais, Sambalate e Gesem mandaram dizer-me: vem encontremo-nos numa das aldeias da planície de Ono. Eles, porém, intentavam fazer-me mal” (Ne. 6:1,2).
Esse é um plano maquiavélico. Parece uma tentativa de aproximação, de aliança, de amizade, de dar uma trégua, mas o fim é fazer parar a obra. A despeito de tudo, não há lugar para tréguas, para depor as armas. O inimigo é falso e astucioso e arranja um modo de distração. Jamais haverá lugar para compromisso com o mundo. Se atentarmos para qualquer apelo da carne, do mundo ou do Diabo, que sempre vem de um modo sutil, através de uma pessoa que pareça simpática e queira oferecer ajuda, será o fim. Cuidado com o oferecimento de trégua. O objetivo é assassinato.
Nós também não vamos descer. Quando vierem tentar discutir conosco pontos de vista teológico, distrair-nos com argumentos, não consintamos. Não paremos para discussões, para defesas de tudo aquilo que nos afasta da obra diligente para o reflexo da imagem de Jesus em nós. Temos um alvo: personalidades totalmente restauradas; e isso significa que quando alguém investe contra sua pessoa, você não fica triste, nem perplexo, nem magoado, nem com insônia. Por quê? Não há brechas. Mas a obra não terminou. Neemias se recusa a comprometer-se com o inimigo e isso provoca mais uma forma de ataque.
“Então Sambalate, pela quinta vez, me enviou o seu moço com uma carta aberta na mão, na qual estava escrito: Entre as nações se ouviu, e Gezem o diz, que tu e os judeus intentais revoltar-vos, por isso tu está edificando o muro, e segundo se diz, queres fazer-te rei deles... vem, pois agora e consultemos juntamente” (Ne 6:5-7).
Acusação e Intimidação
Já que você não aceitou compromisso com o inimigo, ele vai procurar caluniá-lo, ferir a sua reputação, destruí-lo; vai mentir a respeito das suas palavras e dos seus verdadeiros propósitos; vai denegrir a sua imagem. Já que ele não consegue destruí-lo, não consegue impedir a obra de Deus em sua vida, nem ter um compromisso com você, vai difamar seu nome diante das autoridades, para ferir a sua reputação. Todo santo do Altíssimo, que anda segundo a Palavra, será vítima dessas coisas. Mas assim como Neemias estava disposto a vencer, cerrando sua vigilância, o mesmo deve acontecer com cada um de nós. “Então mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes, coisa nenhuma sucedeu, mas tu mesmo o inventas”. (Ne.6:8).
Para o inimigo, apenas uma resposta seca, objetiva e direta. Neemias toma conhecimento da razão da calúnia: “As suas mãos hão de largar a obra, e não se efetuará”. (V. 9). Volta-se, então, para Deus, fonte de força e proteção e clama: “Mas agora, ó Deus, fortalece as minhas mãos (V. 9). Isso basta! Em outras palavras, sejam frustrados os planos inimigos, e estabeleçam-se os Teus desígnios em minha vida. Quando o inimigo se levantar para denegrir sua imagem, torcer suas palavras, trazer-lhe falsas acusações, não será o fim. Deus não se afasta do Trono e Seu braço está estendido a seu favor. Há triunfo para você no meio de todas as lutas. Fortaleça-se nEle e na Sua Palavra. Deus conhece as intenções do seu coração e as acusações, projetadas por Satanás contra você, não terão poder de esmagá-lo, porque você está nEle. Jesus, é o seu advogado, é o Seu defensor.
Falsa Profecia
O inimigo é persistente e ainda tentará um ataque destruidor. Desta vez, porém, usará de uma sagacidade diabólica. Entrará no seu ambiente, no seu mundo, no meio dos seus, daqueles que parecem ser porta-vozes da Palavra de Deus, a fim de lhe trazer uma palavra de profecia. Só que a fonte dessa profecia não é o Espírito de Deus.
Vencidas todas as táticas contra a edificação do muro, vem uma última tentativa. Essa é de levar Neemias a pecar contra a Palavra do Senhor. O templo possuía o lugar Santíssimo, onde só o sumo sacerdote poderia entrar, e ainda assim, uma vez por ano. Mas eis que vem a Neemias uma palavra: “Ajuntemo-nos na Casa de Deus, dentro do templo, e fechemos as suas portas, pois virão matar-te; sim, de noite virão matar-te”(Ne 6:11).
Você pode perceber a sutileza do ataque? “Foge”, mas foge para o Templo, onde está a presença de Deus. Se Neemias fizesse isso, teria vencido no campo de batalha contra Sambalate, mas teria sido destruído por pecar contra a Palavra do Senhor. Acontece que quem foi testado em todas as batalhas, está determinado a seguir o plano Divino, trazendo o coração alheio do temor de Deus, e não se deixará enganar. Eis a sua atitude diante de tudo isso: “E percebi que não era Deus que o enviara; mas ele pronunciou essa profecia contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o haviam subornado. Eles o subornaram para me atemorizar, a fim de que eu assim fizesse, e pecasse, para que tivessem de que me infamar, e assim me vituperassem. Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate, conforme estas suas obras, e também da profetisa Noadias, e dos demais profetas que procuram atemorizar-me” (Ne. 6:12-14).
Os níveis de ataque inimigo dependem do nível em que nós nos encontramos. Quando vivemos no Espírito, ele nos virá nesse nível. Mandará falsas profecias e conselhos de homens, doutrinas de homens e de demônios, para nos levarem à queda. Cerremos, portanto, a vigilância em todas as áreas, enquanto trabalhamos em nossa alma. Isso não nos deve amedrontar. O segredo é não ouvir os homens e peneirar, pela Palavra de Deus escrita, tudo quanto nos vem em forma de profecia. Se nos ativermos a Deus e à Sua Palavra, na dependência constante do Seu Espírito, receberemos em nosso homem interior todas as diretrizes para nossa vida, e saberemos qual o caminho a seguir em cada fase da luta.
Em todo o livro de Neemias a importância da oração e da Palavra de Deus, é ressaltada. Se seguirmos os princípios que Neemias seguiu, teremos os resultados que ele teve. E eis o que aconteceu: “Acabou-se, pois o muro aos vinte e cinco do mês de elul, em cinqüenta e dois dias. Quando todos os nossos inimigos souberem disso, todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito em seu próprio conceito; pois perceberam que fizemos esta obra com o auxílio do nosso Deus”. (Ne. 6:15,16).
O inimigo vai lhe respeitar, quando você vencer todas as suas táticas e permanecer inabalável. Cedo descobrirá que não há caminho de compromisso com ele e suas obras. Ele viverá enfurecido contra você rugirá como leão, mas seus queixos estarão cerrados. Não haverá brechas em sua vida pela qual ele possa entrar. Você será conhecido e temido pelos demônios. Isso, porém, não lhe dará motivos para depor as armas. Nunca se esqueça que restauração da alma dura a vida inteira, a sua luta contra as trevas não acaba. Hoje você pode pensar que chegou o último estágio, para logo descobrir que o apelo para cima e para a frente é constante. A semelhança de Jesus é nosso alvo: “Até que Cristo seja formado em vós (Gl 4:19). “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, a medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef. 4:13).
PALAVRA DO LIVRO: “PERSONALIDADES RESTAURADAS
Ap. Valnice Milhomens – INSEJEC.


sábado, 14 de setembro de 2013

Visão do reino dos ceus



 A Bíblia declara em


 Provérbios 29.18
 18 Onde não há visão, o povo perece, mas o que guarda a lei, esse é feliz..” [Kin James]

 A visão mencionada neste texto se refere a uma visão espiritual.
Visão espiritual produz direção. Providencia desafio e estrutura para a vida. Sem ela, o povo se torna espiritualmente morto. Desenvolver visão espiritual é o processo de reconhecer o propósito para o qual você foi trazido para o Reino de Deus.


Por que visão espiritual é necessária? Por que o povo perece sem ela? A resposta é encontrada em um dos muitos exemplos bíblicos da visão espiritual.
Vejamos  a história do Profeta Eliseu e seu servo Geazi em

2 Reis 6.15-17.
“15 E o moço do homem de Deus se levantou mui cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Que faremos?  16 E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.  17 E orou Eliseu e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.”

O povo de Deus, Israel, estava cercado pelos inimigos da nação da Síria. Havia muitos soldados, cavalos e carros de guerra. Quando o servo de Eliseu, Geazi, viu a grande força do inimigo, ele temeu. Ele clamou a Eliseu, “O que nós faremos?” Eliseu disse-lhe: “Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles” (v.16).

Então Eliseu pediu a Deus para que abrisse os olhos de Geazi e permitisse-lhe ver o mundo espiritual. O pedido foi atendido e Geazi viu as forças espirituais de Deus rodeando Israel.

Neste exemplo, Deus realmente deixou Geazi ter uma visão espiritual com seus olhos naturais. Mas o ponto importante é que sem visão espiritual o povo de Deus não pode ver além das circunstâncias naturais da vida. Como Geazi, eles são derrotados pelos poderes do inimigo que vêem operar no mundo natural em volta deles. A visão deles está focalizada em seus problemas e suas vidas se tornam um ciclo de clamar “o que faremos?” Sem visão espiritual eles não podem ver e compreender o divino plano de Deus.

Antes de nascer de novo, você estava cego pelo pecado. Através da salvação pelo sangue de Jesus sua cegueira básica foi curada.  Hoje, já aceitamos a Jesus sabemos que somos redimidos pelo sangue de Jesus e como diz romanos quem nos separara do amor de Deus?
 Romanos 8:39 
Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá SEPARAR do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”

 Todavia , perdemos a visão de  Deus ,  nos esquecermos do propósito da redenção da cruz de cristo, diariamente  gastamos nosso tempo com a TV, internet, redes sociais, colégio faculdade e imensas horas com coisas “furtis”, e por que não lembrar das muitas horas vendo videos no youtube  para nos roubar belas risadas,  nem se quer  lembramos de Cristo.
Olhando para as igrejas vemos multidões sendo atraídas pelas campanhas: 7 sextas feira para seu milagre, chega de migalhas, campanha da casa própria , dê sua oferta para que Deus te abençoes em dobro. Percebemos uma geração que busca somente as obras da mão de Deus e não querem nenhum compromisso com o plano de salvação de Cristo.
Daí te pergunto Qual é o propósito da salvação?
Jesus passou os três anos e meio de seu ministério “pregando o evangelho do reino” 
Mateus 4:23
 ” E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.”
 Tudo o que ele disse e fez durante esse período de sua vida estava relacionado com o reino. Enquanto narrativas paralelas mostram Jesus falando sobre “o reino de Deus”, Mateus cita-o 33 vezes, dizendo “o reino dos céus”.
A designação reino dos céus é bem apropriada. Ela reforça lindamente a explicação que Jesus deu a Pilatos a respeito de seu reino, quando disse: “O meu reino não é deste mundo” (João 18:36). Positivamente, O reino veio do céu; seu governo, suas leis, seu modo de vida, de pensamento e de adoração são aqueles do céu; a grande nação da qual os santos são cidadãos está agora centrada no céu.
 Filipenses 3:20
“ Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, “
O propósito da salvação significava voltar a encontrar-se com Deus no fim do dia no jardim de Deus, como era no principio com o 1º° Adão,
Gênesis 3: 8-9
 “Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. 9 E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?”
Outrora, a comunhão/intimidade com Deus, perdida por causa do pecado, vemos que Adão e a Eva pecarão e foram excluídos do jardim , separados da comunhão com Deus ,
 Gênesis 3: 23-24
 “O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.  24 E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.”
Romanos 3:23
- "Porque não há diferença: TODOS pecaram e destituidos estão da glória de Deus."
Com a desobediência veio o pecado, com o pecado a morte com a morte a condenação ao inferno
Jesus veio para pagar o preço da reconciliação do Homen com Deus , pelo seu imenso amor , se fez o caminho para podermos voltar a comunhão com Deus, agora , não mas no Jardim, mas em seu reino.
1 Pedro 2:24
 "Levando Ele mesmo em SEU corpo os NOSSOS pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas Suas feridas FOSTES SARADOS."
Mas se seu reino não é deste mundo
 “O meu reino não é deste mundo” (João 18:36).
Logo o reino veio do céu; seu governo, suas leis, seu modo de vida, de pensamento e de adoração são aqueles do céu;  Importa que seus cidadões também tenham princípios celestes e não terrestres. E quem são os cidadaoes deste reino?
Mateus 5:19
“Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.”
Mateus 13:44
“Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.”
Reino dos Ceus
 [W. E. Vine] diz que a palavra traduzida como reino “é principalmente um substantivo abstrato significando soberania, poder real e domínio...; e daí, transformando-se num substantivo concreto para indicar o território ou o povo sobre quem o rei domina... É usado especialmente para o reino de Deus e de Cristo. O reino de Deus é: a) a esfera do domínio de Deus,... b) a esfera em que a qualquer dado momento, seu domínio é reconhecido” (Expository Dictionary of New Testament Words).
 Alguns princípios para alcançar o reino e Dos Ceus:
1.    Obediência:
1samuel 15:22” Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o OBEDECER é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros.


Mateus 7:21
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
2.    Seja desbravador:
Mateus11: 12
” E, desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao Reino dos céus, e pela força se apoderam dele.”
Josué 1:6-7
 “6 Esforça-te e tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.  7 Tão somente esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares.”

3 Focalize :Os céus
Apocalipse 21
“1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.  2 E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. 10 E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. 11 E tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.”
Conclusão
Não se limite as coisas naturais, Deus tem nos chamado para um propósito maior. Tudo que hoje vemos passará, “Mateus 6:19 Não ajunteis tesouros na terra, onde a TRAÇA e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;” Jesus morreu na cruz para que podermos viver toda a eternidade com Deus, em seu reino. Foque sua vida na eternidade e nada te separar do amor de Deus .
“[Arde Outra Vez/ Thalles Roberto ]
Eu não quero mais viver
Longe da Tua presença, meu Senhor
Hoje, quero voltar, voltar ao início de tudo
De quando eu era feliz
Sentia a Tua presença
Caminhava ali, no seu jardim
Te encontrava todo dia
Mas me perdi, Senhor, no caminhar
Tentei andar sozinho
Na aventura dessa vida
Foi só ilusão
Confesso que andei perdido, sim
Mas, hoje, eu Te devolvo um coração
Arrependido de tudo o que fez
Quero voltar, Senhor, para os Teus rios
Voltar, Senhor, para os Teus rios
Me molha, me lava
Me ensina, me inspira
E arde outra vez no meu coração
Me molha, me lava
Me ensina, me inspira
E arde outra vez no meu coração
[....].
Juliano L Silva

Igreja : Luz para os povos ministério apostólico – Brazlândia-DF.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Fé nos seus sonhos



Paz e graça do Senhor Jesus.
Vivemos em uma sociedade exigente e individualista.
Onde você estiver ou for, você será exigido, você será cobrado, produza, produza e produza.
Para ter resultado hoje, você tem que comprometer o seu dia, a sua noite, os momentos com a família, o seu final de semana, as sua férias, o seu lazer.
Neste processo, quantos sonhos têm sido prematuramente abortados.
O que sonhamos hoje, muitas vezes não dura uma semana ou mesmo uns dias.
Não há Constancia, não há insistência na busca da realização dos nossos sonhos.
Talvez porque o seu sonho não é o modelo do mover ou da moda de hoje.
Talvez não seja o que muitos esperam de você, ou ate se sintam constrangidos.
A questão a ser respondida é? Se ainda temos fé para lutar até alcançarmos os sonhos ou será um luxo que apenas poucos têm a oportunidade de experimentar?
Á três coisas que eu quero compartilhar com os amados antes de respondermos estas questões.
1= O que fazer para alcançar os meus sonhos?
Não julgue, não critique e não reclame.
Quantas pessoas tem sido confrontadas, magoadas, por causa dos seus sonhos.
O que é isso? Como pode ser? Você não pode ter esse sonho! Isto não é para você.
Eu tenho mais qualidades, tenho mais experiência, estou qualificado para isso, acaso Deus agora vai colocar você numa posição que eu terei que me sujeitar a você.
Imagine a decepção e a frustração que José teve diante de seus pais e de seus irmãos.
Era como se aquilo que ele tinha sonhado não pudesse ser realizado.
Quantas criticas você tem ouvido de parentes, amigos, colegas de trabalho, de escola ou faculdade, na igreja.
Quando você critica alguém por aquilo que ela não faz ou se faz com má vontade ou desleixo, você esta abrindo as portas na sua vida para o desanimo e para a desistência de algo que seria de qualidade para você como um aprendizado, um estreitamento de laços, uma visão clara de algo que você não vê agora.
E por não entendermos isso, reclamamos de tudo.
Nada vai bem, nada esta a nossa altura, do nosso agrado, ninguém faz do jeito certo, não tem jeito para isso, nada vai dar certo.
Que pregação ruim, que louvor desafinado, a mesma campanha de sempre, meu discípulo não quer compromisso, não frutifica.
2= O que você faz é o parâmetro da fé que você deposita nos seus sonhos.
Quantos sonhos são perdidos por circunstancias ou situações da nossa vida, algumas com mais importâncias outras nem tanto.
Quantos são perdidos no primeiro estágio do julgamento, da critica ou da reclamação.
Muitos permanecem presos num poço como José por muitos anos, alguns não saem mais de lá.
Só a aplicação da fé será capaz de resgatar os seus sonhos.
3= Semeiem mesmo que pareça duro ao coração, incompreendido pela mente, e doido no seu bolso.
Semeie na vida na vida dos seus lideres aquilo que você espera que seus filhos vão colher.
Semeie na obra de Deus e terá parte dos tesouros escondidos que são dados sem medida.
É principio Bíblico?
Com à medida que medirdes vos mediram a vós outros.
Tudo aquilo que plantares certamente colhereis.
Aquele que semeia pouco também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura também colherá fartamente.

Hoje é dia de resgate e de realização de sonhos.
Eu quero orar com você agora.
Pai amado, em nome do Senhor Jesus cristo de Nazaré.
Eu não entendo os teus caminhos e nem os teus desejos para que eu os cumpra.
Muitas vezes não entendo as dores deste caminho.
Mas, se a coroa de espinhos te feriram, sendo o cabeça suportaste, eu sendo o teu corpo, sendo parte do teu corpo, tudo suportarei por amor do Teu Nome, que estas acima de todo o nome.
Danos Senhor mais graça, passa seus dedos em nossos olhos, e consola-nos Senhor.
E nos faça outra vez, através do Teu Filho Jesus, sermos mais que vencedor.
Amém

Leonardo B. Gomes

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A Fé Sem Obras é Morta


 


        Um dos denominadores comuns nas seitas é o ensino não bíblico de que a fé não é suficiente para a salvação. Conquanto [elas dizem], sejamos salvos pela fé, esta precisa ser acompanhada de boas obras, a fim de que a nossa salvação pessoal seja completada. Essa distorção apresenta a fé MAIS alguma atividade ou esforço da parte do  indivíduo. Ora, o que Deus proveu em Jesus Cristo foi total e suficiente, de modo que esse ensino [das seitas] é uma negação do evangelho.
        A passagem favorita usada pelos grupos sectários, tentando respaldar [sua doutrina de graça mais obras], é Tiago 2:14-26. Aqui, eles dizem, está a prova de que as obras são necessárias. Vejamos uma lista:

* Ser batizado para a salvação.
* Tornar-se um discípulo, desistindo de tudo.
* Ir de porta em porta.
* Alimentar e cuidar dos carentes.
* Viver segundo as leis da “igreja”.
* Viver segundo os Dez Mandamentos.
* Ser batizado segundo a fórmula correta.
* Viver sem pecar.
* Acreditar nos milagres que acontecem no grupo.
* Falar em línguas.
* Pertencer exclusivamente àquela igreja ou organização.

As seitas sempre têm um algo mais necessário para se obter o favor divino ou se conservar a salvação. Esse conceito pode ser facilmente refutado por dúzias de passagens bíblicas, as quais declaram exatamente o contrário. Mas, o desafio agora diz respeito à Carta de Tiago. Portanto, precisamos ir diretamente ao contexto da mesma.
         Antes de fazer isso, uma boa regra é ler e perguntar, quem, o que, onde, por que e quando [esta carta foi escrita]. Isso pode esclarecer as coisas obscuras, fazendo-nos focalizar melhor o contexto da escrita. Quando formos ler esta passagem (Tiago 2:14-26), devemos abrir nossa Bíblia, ter à mão papel e caneta e, antes de iniciarmos a análise, devemos orar. Precisamos gastar algum tempo no texto e pensar no que Tiago quis dizer.
        Nossa intenção deve ser dividir corretamente a palavra (2 Timóteo 2:15) e isso requer algum tempo. Examinemos antes toda a carta, a fim de nos familiarizarmos com o tema da mesma; em seguida, examinemos as passagens específicas. Leiamos toda a carta, cuidadosamente.

* Quem é o autor da carta?
* O que sabemos a seu respeito, partindo desta carta?
* Ele é citado em alguma outra parte da Escritura?
* Qual o seu pano de fundo, a partir de outras cartas?
* Ele é um apóstolo ou apenas alguém conhecido como apóstolo?
* Do que ele está falando?
* Qual é o tema?
* Qual é o assunto ou ensino principal? (Toda carta tem um tema predominante).
* Qual a razão ou propósito desta carta?
* Por que ele está escrevendo a mesma para um povo especial?
* O que essas pessoas estão fazendo e no que estão crendo, a fim de merecerem o recebimento desta carta?
* Existe algum erro bíblico na sua doutrina ou prática que necessite de correção?
* O autor está dando segmento a alguma carta anterior?
* Existe algum novo conhecimento a ser revelado?
* O autor está falando figurada ou literalmente?
* Quem são os destinatários desta carta?
* O que o autor está dizendo sobre eles nesta carta?
* Quando ela foi escrita?
* O que estava acontecendo antes ou no tempo em que a carta foi escrita?
* Ele havia estado no local ao mesmo tempo?
* Ou apenas ouviu falar dos destinatários, a parir de outrem e pretendia ir até eles?
* Ele está se incluindo entre aqueles para quem está escrevendo ou não está se envolvendo?
* Ele está dando novas informações ou apenas os relembrando do que já havia dito (conforme Paulo na 2 Tessalonicenses)? A diferença pode ser importante sobre o que estava acontecendo ou poderia acontecer no futuro.
* Existem palavras ou frases chave?
* Quais as palavras que ocorrem mais freqüentemente?
* Como o autor as usa e as define na carta e na passagem? (Palavras como fé, obras, morta) Como estão sendo aplicadas em cada situação?
* Ele usa contraste ou comparação?
* Pode-se definir qual o ponto principal que vem primeiro?
* O que o autor deseja que os destinatários e os leitores saibam sobre este ponto do ensino?
* Qual é o espírito do texto?
* Agora, podemos ir às palavras específicas: Existe algum suporte em outros livros para que se interprete corretamente esta passagem?
 * Eles estão nos levando a alguma conclusão? 

         Permaneçamos fiéis ao texto e conservemos o ensino em seu imediato contexto. Existem algumas regras básicas para a interpretação bíblica (Hermenêutica). Por que duas pessoas que fazem o mesmo estudo, nas mesmas Escrituras, chegam a conclusões diferentes? É porque em vez de se renderem ao texto e à sua significação literal, elas procuram sair do que o texto realmente diz. Deixam de seguir o caminho da lógica bíblica, rumo às suas próprias conclusões. Isso porque o texto literal poderia complicar as suas noções preconcebidas sobre o que antes lhes fora ensinado.
Vamos agora examinar o texto de Tiago 2:14-26, o qual tem sido tão mal interpretado.
Tiago 2:14-26 - “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?  Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé. E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários, e os despediu por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.”

Tiago estava tentando corrigir a Igreja, mostrando como esta estava agindo em sua fé. A Igreja (os membros) estava sendo hipócrita, considerando somente os ricos. A razão para isso é que a Igreja de Jerusalém era pobre e perseguida. Os que haviam se convertido e seguido o Messias haviam perdido todos os seus bens. Este é o pano de fundo histórico da carta (1 Coríntios 16:1-3).

Tiago 2:8-12 - “Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores. Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei. Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade’.

A Igreja não estava seguindo o mandamento do AMOR do Novo Testamento [N.T.: como as de hoje também nunca seguem] e tendo transgredido o mesmo, havia transgredido toda a Lei.

Tiago 2:13 - “Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo”.
Eles não receberiam misericórdia porque não estavam demonstrando-a com os que eram carentes.

Tiago 2:14 - “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?”

A sua (referindo-se à igreja) fé (crença) de nada vai lhe servir se não agir segundo a mesma. Ninguém pode desprezar um irmão carente e continuar afirmando ser um seguidor de Cristo (1 João 2:9-11; 3:17-18). Mas aquele que possui bens materiais e vê o seu irmão em necessidade, fechando-lhe o coração, como pode habitar nele o amor de Cristo? Na 1 João 3:18, lemos: “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade”. Esta não é a fé salvadora. Tiago fala de alguém que apenas afirma ter fé, mas nada faz para a demonstrar. Ele quebra o mandamento de amar  ao próximo como a si mesmo.
Tiago 2:15-16 - “E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?”
         A Igreja estava negligenciando os irmãos em suas necessidades práticas, dizendo apenas “Deus o abençoe!”, não demonstrando fé, mas hipocrisia. Isso de nada serve ao ouvinte nem ao que fala. Os membros da Igreja estavam deixando de cumprir o mandamento de Jesus, registrado em João 13:34-35: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.


Vamos agora à passagem controversa:

Tiago 2:17-18 -  “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.
            Uma fé não seguida de boas obras não é viva. É uma fé estéril. Tiago desafiou a igreja a mostrarem-lhe sua fé com obras (creio que Paulo desafiou os leitores a mostrarem a fé que possuem, com obras e não “sem” obras). Isso é impossível, pois somente Deus pode ver o coração, de modo que Tiago os desafiou, dando, ele mesmo, como exemplo: “... eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”. Tiago não estava pedindo que a igreja comprovasse sua salvação, mas que lhe mostrasse a sua fé, através da prática de boas obras.
         “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (verso 17) - Tiago disse que essa fé em si mesma é exterior e interiormente morta... Ele estava explicando o tipo de fé resultante da salvação, ou seja, uma fé legítima e viva. Todas as boas obras são atos de fé, os quais devem ser de antemão possuídos. Deus não precisa ver nossas obras, pois Ele já nos justificou pela fé em Cristo. Isso está claramente expresso em Romanos 8:33: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica”. (“New Commentary on the Whole Bible”, Jamieson, Fausset & Brown on James 2:14-18).
         Tiago não estava dizendo que somos salvos ou conservamos a salvação pela fé mais obras. Se esse fosse o caso, o crente poderia se transformar em auto-salvador. Ora, existe apenas um Salvador, isto é, a Pessoa de Jesus Cristo e a obra que Ele realizou na cruz. Tiago estava mostrando o tipo de fé realmente salvadora, a qual, se eles possuíam, deveria ser demonstrada. Como nossas ações sempre resultam daquilo em que cremos, Tiago estava pedindo que a igreja lhe mostrasse a sua fé.
         Ele prossegue, no verso 21: “Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?”

         Em que sentido Abraão foi justificado, visto como ele já havia, antes, sido declarado justo por Deus? Tiago está dizendo, ao contrário de Paulo, que Deus podia ver que Abraão era justo e que Ele  já lhe havia imputado justiça. Contudo, até que Abraão levantasse sua faca contra Isaque, em obediência, somente Deus conhecia a sua justiça. Ao fazer isso, Abraão demonstrou fisicamente sua confiança em Deus, tendo sido colocado em posição de comprovar a genuinidade de sua fé.
         Em seguida, Tiago responde à pergunta no verso 22: “Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada”.  Então, a sua fé estava cooperando juntamente com as suas obras, as quais apenas comprovaram a fé que Abraão já possuía. Primeiro, precisamos ter fé, para que nossas obras sejam aprovadas por Deus. Era sobre isso que Tiago estava preocupado naquela Igreja.
         Se Tiago quisesse dizer que Abraão foi justificado pelas obras, ele entraria em conflito com Paulo, o qual escreveu amplamente sobre este assunto em Romanos e Gálatas, mencionando, inúmeras vezes, que somos justificados pela fé (somente).
         Paulo declara em Romanos 4:2-3: “Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus. Pois, que diz a Escritura?”. Eis uma boa pergunta. Vejamos a resposta, no verso 5: “Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça”.
            Quando lemos Gênesis 4:10, vemos que Abraão foi justificado antes de obedecer a Deus e de receber a circuncisão. Tudo isso aconteceu antes que o seu filho Isaque tivesse nascido; portanto, sua justiça foi por Deus imputada somente pela fé.
Em Romanos 4:23-25, lemos: “Ora, não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta, mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; o qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação”.
            Mais tarde, Tiago declara em Tiago 2:23-24: “E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé”. E a Escritura foi cumprida, pois diz: “E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça”. E ele foi chamado amigo de Deus (verso 24). Vemos, portanto, que um homem foi justificado pelas obras e não apenas pela fé.
         Paulo e Tiago estão discutindo sobre dois ângulos diferentes. Quando se observa isso mais cuidadosamente, a tensão entre ambos é resolvida. Paulo discute teologicamente como um pecador passa a ser considerado justo diante de Deus. Tiago se preocupa com o tipo de fé que resulta da salvação, visto como está se dirigindo a um problema particular que surgiu na Igreja de Jerusalém. Se alguém não apresenta obra alguma resultante de sua profissão de crença, será que essa fé é verdadeira? Pode ser uma fé salvadora? As obras feitas em Cristo falam de uma procedência viva da fé. Não fazemos boas obras para ser criados em Cristo, o que isso poderia significar, mas porque “fomos criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. (Efésios 2:10).
         Este é o ponto que Tiago deseja enfatizar, ou seja, que nossa fé é demonstrada pelas nossas ações em favor do próximo [Gálatas 5:14]. Esta é a verdadeira fé. Jesus disse que deveríamos praticar boas ações para glorificar o Pai celestial. A Bíblia jamais condena que tenhamos fé somente, mas (condena que tenhamos) uma fé que é morta, uma vazia profissão de fé. Sua aridez interior é demonstrada pela falta de vida exterior. As boas obras e a obediência demonstram nossa fé às pessoas que estão próximas de nós e elas glorificam a Deus.
         Biblicamente, nossa fé já está viva, antes do batismo e de qualquer outra obra, e não se torna mais viva depois. A fé é um princípio ativo em todos os aspectos da vida cristã. Romanos 14:23 diz: “... tudo o que não é de fé é pecado”. Então, tudo deve ser feito por fé. Vivemos de fé em fé.
         Então, se queremos mais um suporte bíblico, outra passagem comprovando que Tiago não estava dizendo que as obras salvam, vamos ler:

        “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”.

        Somos salvos exclusivamente pela fé, a qual é comprovada pelas nossas obras. Estas não têm qualquer merecimento diante de Deus para a salvação, pois somos “criados em Cristo Jesus para as boas obras”Se as boas obras pudessem salvar, então deveríamos fazer boas obras, a fim de sermos criados em Cristo Jesus e não é isso que o texto diz.
        Tito 3:5 diz: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”.Continuamente, a Bíblia deixa claro que não depende do homem ganhar a salvação. Ela provém exclusivamente de Deus [que nos salvou e nos regenerou pelo Espírito Santo].
         Voltemos a Romanos 4:4-5: “Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça”.
            Em Romanos 11:6, Paulo declara“Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra”. Ou se é salvo por uma ou pela outra, não por ambas, pois são duas Alianças diferentes.           
         Filipenses 3:9: “E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé”.
         Gálatas 3:22: “Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes”.
            Na 1 João 5:4-5, lemos: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?”  O verso 5 mostra que quem possui fé no Filho de Deus vence mundo. [A única fé salvadora é a que foi depositada no Filho de Deus, a qual não provém de qualquer cerimônia ou feito].
“TODO aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido”. (1 João 5:1).
         “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”  (João 20:31).
         “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tiago 2:26).
As obras demonstram simplesmente o que está vivo em nosso interior. As obras de uma pessoa manifestam exteriormente a realidade da fé, que não se pode ver. Somente DEUS pode ver o coração; o homem vê apenas a parte exterior. O fruto produzido por uma árvore mostra que ela é viva, saudável e produtiva. Não é o seu fruto que a torna viva, mas sua natureza interior. Primeiro, a fé é viva para produzir boas obras, mostrando exteriormente o que é invisível interiormente.

Let Us Reason Ministries - “Without Works Your Faith Is Dead”.
Traduzido por Mary Schultze, em 18/01/2007
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